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INFRA-ESTRUTURA
Reestruturação ainda está indefinida; outros 4 grupos foram rejeitados
4 grupos disputam Brasil Ferrovias
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir de segunda-feira, quatro grupos poderão esquadrinhar
informações contábeis e operacionais da Brasil Ferrovias: MRS
Logística, ALL, Bunge Fertilizantes e Copersucar. Eles foram escolhidos ontem pelos acionistas para participar de um processo de
reestruturação acionária da empresa.
Segundo a Folha apurou, o modelo de negócio é indefinido. Os
atuais controladores -BNDES e
os fundos de pensão Previ (Banco
do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica Federal)- podem vender
uma parcela de suas ações de forma proporcional entre os três,
vender tudo ou aceitar uma troca
de ativos.
Quem vai analisar qual é o desenho mais eficiente e lucrativo é a
gestora Angra Partners.
Outros quatro grupos, também
interessados, foram rejeitados, a
princípio, pelos acionistas: a boliviana Ferrocarril (controlada pela
americana Genesee & Wyoming), FTC (Ferrovia Tereza Cristina), a Comexport e um grupo
asiático cujo nome foi guardado a
sete chaves.
Isso não significa, porém, que
eles foram totalmente eliminados
da disputa pela Brasil Ferrovias.
Mais tarde essas empresas poderão se aliar aos escolhidos pelos
acionistas, montando consórcios,
explicou à Folha uma pessoa ligada ao negócio.
Os dados sobre a companhia estarão disponíveis a partir da próxima segunda-feira, por três semanas. Depois disso, eles apresentarão um desenho final para
sua proposta aos acionistas.
Corredor de exportação
A Brasil Ferrovias é considerada
uma das mais estratégicas ferrovias do país. Por meio dela são escoados grãos, minério e madeira
do Centro-Oeste em direção ao litoral paulista.
A holding estava em uma situação difícil até maio de 2005, com
dívidas avaliadas à época em R$
1,6 bilhão, quando o BNDES e os
fundos de pensão capitalizaram a
empresa. O pacto dividiu em dois
subgrupos as três estradas de ferro que a companhia abriga: Ferroban, Ferronorte e Novoeste.
O primeiro trecho, de bitola larga, está sob as bandeiras da Ferronorte e da Ferroban. Vai de Alto
Araguaia (MT) até as proximidades do porto de Santos (SP) O segundo, com uso de bitola estreita
em boa parte do percurso, contempla a Novoeste e a Ferroban e
liga Corumbá (MS) ao litoral.
Para analistas do setor, é provável que a ALL se interesse pela estrada de bitola estreita e não seria
surpresa se ela viesse a se unir
com uma mineradora, já que Rio
Tinto e a Vale do Rio Doce estão
fora da disputa. Nesse caso, a
aposta é de uma união entre MRS
e Bunge para a compra do trecho
com bitola larga.
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