São Paulo, sábado, 21 de março de 2009

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Bolsa de SP acumula alta de 2,72% na semana

Dólar recua 1,6% e termina período cotado a R$ 2,264

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa encerrou a semana acima dos 40 mil pontos, mesmo com o recuo de 0,93% registrado no pregão de ontem. O balanço da semana foi positivo, e a Bolsa marcou alta acumulada de 2,72%.
As medidas para estimular o crédito, tomadas pelo Fed (o banco central dos EUA), ajudaram a animar os mercados durante a semana. Mas ontem a melhora do humor deu sinais de esgotamento. Em Wall Street, o índice acionário Dow Jones perdeu 1,65%. A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 1,77%. Na semana, o Dow Jones teve apreciação de 0,76%.
O dólar, que chegou a ser negociado a R$ 2,22 durante as operações de quinta-feira, encerrou ontem vendido a R$ 2,264, em alta de 0,67%. A moeda norte-americana encerrou a semana com depreciação de 1,57% diante do real.
"A semana foi fortemente influenciada pela alta das commodities, que resultou das decisões anunciadas pelo Fed", afirma a XP Investimentos.
Entre suas medidas, o Fed ampliou o montante de recursos destinados à compra de títulos públicos e papéis lastreados em hipotecas.
"Para realizar essas compras, o Fed vai imprimir dinheiro, o que gera risco de inflação e depreciação do dólar. Ambos os fatores são altistas para as commodities. De qualquer forma, no curto prazo esse evento deu fôlego ao mercado e impulsionou as Bolsas", diz em análise a XP Investimentos.
O recuo das ações das companhias ligadas a commodities, como Petrobras e Vale, fez a Bovespa cair ontem.
Em sintonia com a depreciação do barril de petróleo, que caiu 1,07% em Nova York, para US$ 51,06, as ações da Petrobras encerraram o dia no vermelho na Bolsa. Apesar do recuo, o petróleo se manteve acima dos US$ 50, patamar que não registrava desde novembro do ano passado.
No pregão de ontem, a ação PN da Petrobras, a mais negociada do mercado acionário doméstico, encerrou com recuo de 0,51%. No começo da tarde, o cenário para a Petrobras era outro, com os papéis da estatal superando os 3% de alta. Segundo operadores, a valorização foi sustentada pela compra de estrangeiros. A virada veio na última hora de pregão, quando investidores preferiram embolsar os ganhos do dia.
Com Vale PNA, o movimento foi parecido. Depois de alcançar alta de 1,3%, a ação foi perdendo fôlego, para encerrar o pregão com recuo de 0,73%.

Recuperação
Na semana, os principais papéis do índice Ibovespa terminaram com ganhos, o que permitiu que a Bolsa ficasse acima dos 40 mil pontos. Apesar de ainda estar longe de sua máxima histórica -que foram os 73.516 pontos de 20 de maio passado-, a Bovespa retomou um importante patamar, avaliam analistas. O difícil vai ser se manter nele.
Para a corretora Planner, "ao atingir os 40 mil pontos, o índice Ibovespa aproximou-se de um novo patamar, que necessita de noticiário favorável para ser sustentado".
A pontuação oscila com o sobe-e-desce dos preços das ações. Assim, pontuações mais elevadas demonstram que as ações estão mais apreciadas.
No balanço da semana, houve 43 valorizações entre as 66 ações que formam o Ibovespa. Papéis de diferentes segmentos lideraram as altas semanais: no topo, ficou Gafisa ON, que teve apreciação de 17,49%; logo atrás, vieram Telemar Norte leste PNA, que subiu 12,64%, e VCP PN, com 12,44%.
Já a ação da Gol teve a maior baixa da semana, de 7,69%.
(FABRICIO VIEIRA)


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