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Bolsa de SP acumula alta de 2,72% na semana
Dólar recua 1,6% e termina
período cotado a R$ 2,264
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa encerrou a semana acima dos 40 mil pontos,
mesmo com o recuo de 0,93%
registrado no pregão de ontem.
O balanço da semana foi positivo, e a Bolsa marcou alta acumulada de 2,72%.
As medidas para estimular o
crédito, tomadas pelo Fed (o
banco central dos EUA), ajudaram a animar os mercados durante a semana. Mas ontem a
melhora do humor deu sinais
de esgotamento. Em Wall
Street, o índice acionário Dow
Jones perdeu 1,65%. A Bolsa
eletrônica Nasdaq caiu 1,77%.
Na semana, o Dow Jones teve
apreciação de 0,76%.
O dólar, que chegou a ser negociado a R$ 2,22 durante as
operações de quinta-feira, encerrou ontem vendido a R$
2,264, em alta de 0,67%. A moeda norte-americana encerrou a
semana com depreciação de
1,57% diante do real.
"A semana foi fortemente influenciada pela alta das commodities, que resultou das decisões anunciadas pelo Fed",
afirma a XP Investimentos.
Entre suas medidas, o Fed
ampliou o montante de recursos destinados à compra de títulos públicos e papéis lastreados em hipotecas.
"Para realizar essas compras,
o Fed vai imprimir dinheiro, o
que gera risco de inflação e depreciação do dólar. Ambos os
fatores são altistas para as commodities. De qualquer forma,
no curto prazo esse evento deu
fôlego ao mercado e impulsionou as Bolsas", diz em análise a
XP Investimentos.
O recuo das ações das companhias ligadas a commodities,
como Petrobras e Vale, fez a
Bovespa cair ontem.
Em sintonia com a depreciação do barril de petróleo, que
caiu 1,07% em Nova York, para
US$ 51,06, as ações da Petrobras encerraram o dia no vermelho na Bolsa. Apesar do recuo, o petróleo se manteve acima dos US$ 50, patamar que
não registrava desde novembro
do ano passado.
No pregão de ontem, a ação
PN da Petrobras, a mais negociada do mercado acionário doméstico, encerrou com recuo
de 0,51%. No começo da tarde,
o cenário para a Petrobras era
outro, com os papéis da estatal
superando os 3% de alta. Segundo operadores, a valorização foi sustentada pela compra
de estrangeiros. A virada veio
na última hora de pregão,
quando investidores preferiram embolsar os ganhos do dia.
Com Vale PNA, o movimento
foi parecido. Depois de alcançar alta de 1,3%, a ação foi perdendo fôlego, para encerrar o
pregão com recuo de 0,73%.
Recuperação
Na semana, os principais papéis do índice Ibovespa terminaram com ganhos, o que permitiu que a Bolsa ficasse acima
dos 40 mil pontos. Apesar de
ainda estar longe de sua máxima histórica -que foram os
73.516 pontos de 20 de maio
passado-, a Bovespa retomou
um importante patamar, avaliam analistas. O difícil vai ser
se manter nele.
Para a corretora Planner, "ao
atingir os 40 mil pontos, o índice Ibovespa aproximou-se de
um novo patamar, que necessita de noticiário favorável para
ser sustentado".
A pontuação oscila com o sobe-e-desce dos preços das
ações. Assim, pontuações mais
elevadas demonstram que as
ações estão mais apreciadas.
No balanço da semana, houve 43 valorizações entre as 66
ações que formam o Ibovespa.
Papéis de diferentes segmentos
lideraram as altas semanais: no
topo, ficou Gafisa ON, que teve
apreciação de 17,49%; logo
atrás, vieram Telemar Norte
leste PNA, que subiu 12,64%, e
VCP PN, com 12,44%.
Já a ação da Gol teve a maior
baixa da semana, de 7,69%.
(FABRICIO VIEIRA)
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