São Paulo, sábado, 21 de março de 2009

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Lula condiciona aporte a reforma em instituições

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que as nações em desenvolvimento não devem fazer nenhum tipo de aporte de dinheiro em organismos multilaterais como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Bird (Banco Mundial) até que eles sejam reformados.
"Essas instituições só terão sua capacidade de ação e credibilidade recuperada quando houver maior participação dos países em desenvolvimento. Não faz sentido aumentarmos nossa contribuição para essas instituições enquanto os países ricos, responsáveis pela atual crise que afeta a todos, continuarem a dar as cartas", afirmou o presidente a uma plateia de empresários argentinos e brasileiros que se reuniram na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista.
Desde que a crise econômica internacional se aprofundou, no último trimestre de 2008, governos do mundo todo pedem a reformulação das entidades multilaterais. As nações em desenvolvimento querem aumentar o seu poder nesses órgãos, e, para Lula, elevar a sua participação financeira nas instituições deveria significar elevar a sua influência.
Dobrar de US$ 250 bilhões para US$ 500 bilhões os recursos que o FMI tem disponíveis para empréstimo é uma das ideias que serão discutidas em abril, na reunião do G20, em Londres.
Lula pediu, ainda, a aceleração dos planos para criar o Banco do Sul. Segundo ele, na próxima segunda-feira os ministros da economia de Brasil e Argentina se encontrarão para decidir sobre o início das operações da instituição, que funcionará como banco de fomento para a América do Sul. (DG)


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