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Lula condiciona aporte a reforma em instituições
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva disse ontem
que as nações em desenvolvimento não devem fazer nenhum tipo de aporte de dinheiro em organismos multilaterais como o FMI (Fundo Monetário Internacional)
e o Bird (Banco Mundial) até
que eles sejam reformados.
"Essas instituições só terão sua capacidade de ação e
credibilidade recuperada
quando houver maior participação dos países em desenvolvimento. Não faz sentido
aumentarmos nossa contribuição para essas instituições enquanto os países ricos, responsáveis pela atual
crise que afeta a todos, continuarem a dar as cartas", afirmou o presidente a uma plateia de empresários argentinos e brasileiros que se reuniram na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo), na capital paulista.
Desde que a crise econômica internacional se aprofundou, no último trimestre
de 2008, governos do mundo
todo pedem a reformulação
das entidades multilaterais.
As nações em desenvolvimento querem aumentar o
seu poder nesses órgãos, e,
para Lula, elevar a sua participação financeira nas instituições deveria significar
elevar a sua influência.
Dobrar de US$ 250 bilhões
para US$ 500 bilhões os recursos que o FMI tem disponíveis para empréstimo é
uma das ideias que serão discutidas em abril, na reunião
do G20, em Londres.
Lula pediu, ainda, a aceleração dos planos para criar o
Banco do Sul. Segundo ele,
na próxima segunda-feira os
ministros da economia de
Brasil e Argentina se encontrarão para decidir sobre o
início das operações da instituição, que funcionará como
banco de fomento para a
América do Sul.
(DG)
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