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Setor elétrico lidera o ranking dos endividados
DA SUCURSAL DO RIO
Entre os 15 setores da economia brasileira analisados no estudo obtido pela Folha, a pior
situação é a do setor de energia
elétrica. Ele fechou o ano passado com uma dívida financeira
total de R$ 68,497 bilhões, sendo R$ 52,517 bilhões em moeda
estrangeira, num universo de
16 empresas.
Além disso, o lucro operacional próprio do setor, que havia
sido de R$ 15,285 bilhões em
2001 (o maior do ano por setor), caiu para R$ 6,612 bilhões
no ano passado. Isso fez com
que a relação entre o lucro e a
dívida passasse, de um ano para outro, de 24,3% para 9,7%.
Para Fernando Exel, quando
essa relação chega a 10% "já há
um sinal de inadimplência".
A construção vem apresentando resultados negativos no
lucro operacional líquido nos
últimos dois anos -R$ 9 milhões em 2001 e R$ 4 milhões
em 2002-, mas o setor, com
apenas três empresas no levantamento, apresenta também
endividamento muito pequeno, apenas R$ 62 milhões no
ano passado, todo ele em moeda nacional. Com lucratividade
negativa, a relação entre lucro e
dívida também ficou negativa
(-6,3%).
Siderurgia "passa" teles
O setor de siderurgia e metalurgia, com 16 empresas incluídas na análise, apresentou o segundo maior endividamento
no ano passado, com R$ 43,684
bilhões, contra R$ 40,697 bilhões em 2001. Ele tomou o segundo lugar do setor de telecomunicações (17 empresas), cuja dívida apresentou ligeira
queda de 2001 para 2002, passando de R$ 43,997 bilhões para R$ 42,308 bilhões.
O setor de telecomunicações
passou a ocupar o primeiro lugar em termos de lucro operacional próprio, com R$ 10,936
bilhões (R$ 10,144 bilhões no
ano anterior), mas quase foi alcançado pelo setor de siderurgia e metalurgia, que passou de
R$ 8,090 bilhões em 2001 para
R$ 10,656 bilhões em 2002.
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