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Governo central tem
superávit de R$ 6,2 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo central -Tesouro
Nacional, Previdência Social e
Banco Central- teve um superávit primário (receitas menos despesas, exceto juros) de R$ 6,2 bilhões em março. Em fevereiro, o
valor foi de R$ 4,2 bilhões.
O resultado foi conseqüência do
superávit do Tesouro de R$ 7,7 bilhões, do BC (de R$ 3,9 milhões) e
do déficit da Previdência no período, de R$ 1,5 bilhão.
Com os dados de março, o superávit primário para o primeiro
trimestre chegou a R$ 17,6 bilhões, o equivalente a 4,63% do
PIB (Produto Interno Bruto). Ou
seja, a meta para os quatro primeiros meses do ano, de R$ 20,2
bilhões, quase foi atingida. No
ano passado, para o mesmo período, o governo central havia
conseguido R$ 15,1 bilhões.
As despesas do governo central
subiram neste primeiro trimestre
em relação ao mesmo período do
ano passado. Em 2003, foram de
R$ 54,8 bilhões, saltando para R$
65,2 bilhões neste ano. A receita líqüida subiu, no mesmo período,
de R$ 70 bilhões, para R$ 82,8 bilhões, conseqüência, entre outros
fatores, da entrada em vigor do
aumento da alíquota da Cofins
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, não
existe fundamento nas preocupações do mercado financeiro -como o relatório do banco JP Morgan, que rebaixou a classificação
do Brasil- em relação ao cumprimento da meta do superávit no
Brasil. "As metas serão cumpridas", disse, rebatendo as críticas
de que questões como o reajuste
do salário mínimo e o seu impacto na Previdência possam comprometer a situação fiscal.
Os investimentos no primeiro
trimestre do ano foram de apenas
R$ 300 milhões, para um orçamento de R$ 12 bilhões no ano.
Segundo ele, essa desproporção
não causa preocupações, já que
historicamente os investimentos
se aceleram ao longo do ano.
Sobre o impacto do reajuste no
salário mínimo no superávit primário, Levy, afirmou que "tudo é
uma questão de escolhas" e que o
governo deverá arcar com as conseqüências de suas decisões.
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