São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004

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Governo central tem superávit de R$ 6,2 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo central -Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central- teve um superávit primário (receitas menos despesas, exceto juros) de R$ 6,2 bilhões em março. Em fevereiro, o valor foi de R$ 4,2 bilhões.
O resultado foi conseqüência do superávit do Tesouro de R$ 7,7 bilhões, do BC (de R$ 3,9 milhões) e do déficit da Previdência no período, de R$ 1,5 bilhão.
Com os dados de março, o superávit primário para o primeiro trimestre chegou a R$ 17,6 bilhões, o equivalente a 4,63% do PIB (Produto Interno Bruto). Ou seja, a meta para os quatro primeiros meses do ano, de R$ 20,2 bilhões, quase foi atingida. No ano passado, para o mesmo período, o governo central havia conseguido R$ 15,1 bilhões.
As despesas do governo central subiram neste primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2003, foram de R$ 54,8 bilhões, saltando para R$ 65,2 bilhões neste ano. A receita líqüida subiu, no mesmo período, de R$ 70 bilhões, para R$ 82,8 bilhões, conseqüência, entre outros fatores, da entrada em vigor do aumento da alíquota da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, não existe fundamento nas preocupações do mercado financeiro -como o relatório do banco JP Morgan, que rebaixou a classificação do Brasil- em relação ao cumprimento da meta do superávit no Brasil. "As metas serão cumpridas", disse, rebatendo as críticas de que questões como o reajuste do salário mínimo e o seu impacto na Previdência possam comprometer a situação fiscal.
Os investimentos no primeiro trimestre do ano foram de apenas R$ 300 milhões, para um orçamento de R$ 12 bilhões no ano. Segundo ele, essa desproporção não causa preocupações, já que historicamente os investimentos se aceleram ao longo do ano.
Sobre o impacto do reajuste no salário mínimo no superávit primário, Levy, afirmou que "tudo é uma questão de escolhas" e que o governo deverá arcar com as conseqüências de suas decisões.


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