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PORTO PARADO
União quer ação para suspender greve em Santos
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A Procuradoria Seccional da
União em Santos, no litoral de São
Paulo (85 km a sudeste da capital), protocolou anteontem um
pedido de ação civil pública na 2ª
Vara da Justiça Federal, contra a
greve dos fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no porto de Santos, que completa dois meses hoje.
O objetivo é suspender a greve
ou garantir que metade dos funcionários do posto da Anvisa em
Santos mantenham os serviços
essenciais, como inspeções de navios e mercadorias. A decisão deve sair na segunda. "Se formos
notificados, vamos acionar o departamento jurídico da Anvisa",
disse Wellington do Nascimento
Rodrigues, do comando de greve.
Os grevistas querem, disse ele, o
cumprimento de acordo firmado
no ano passado com o governo federal, no qual pediam redistribuição de servidores, reestruturação
das carreiras e isonomia salarial
entre novos e antigos concursados e entre os ativos e inativos.
Os grevistas são representados
pela Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social). O
coordenador do departamento de
Vigilância Sanitária da federação,
Luiz Carlos de Castilhos, disse
que entrou ontem com uma representação no Ministério Público Federal contra os ministros
Paulo Bernardo (Planejamento) e
Saraiva Felipe (Saúde) pelo descumprimento do acordo de 2005.
O Ministério do Planejamento
informou que o governo tem se
reunido com representantes do
Sinagências (Sindicato Nacional
dos Servidores em Agências Reguladoras Nacionais), outro órgão envolvido na greve, e que só
conversará quando houver uma
manifestação de "boa vontade".
O Sindicato das Agências de
Navegação do Estado de São Paulo calcula que o prejuízo da greve
no porto passe de R$ 380 milhões.
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