DA BLOOMBERG

A General Motors divulgou ontem prejuízo menor do que o previsto para o primeiro trimestre e superou as estimativas dos analistas, após produzir mais automóveis e caminhonetes na América do Norte e registrar lucro na Europa. As ações da maior montadora mundial subiram.
A GM disse que seu sexto prejuízo trimestral consecutivo encolheu para US$ 323 milhões, ante prejuízo de US$ 1,25 bilhão no mesmo período de 2005. A receita da empresa subiu 14%, para o recorde de US$ 52,2 bilhões.
"É meio irônico chamar um prejuízo de US$ 323 milhões de um bom trimestre, mas é um passo na direção certa", disse Kevin Tynan, analista da Argus Research. "Temos de ser muito otimistas quanto ao resto do ano."
A GM diminuiu sua produção à medida que concorrentes asiáticas, como a Toyota e a Honda, abocanham mais vendas, o que reduziu a fatia da montadora no mercado dos EUA -seu país de origem- para 26,2% no ano passado -sua participação mais baixa desde 1925.
Rick Wagoner, principal executivo da empresa, está reduzindo os benefícios de assistência médica e de planos de pensão dos funcionários, promovendo o fechamento de 30 mil postos de trabalho na América do Norte e vendendo ativos como 51% da divisão financeira da GM para financiar novos modelos.
Os resultados foram "um bom sinal da recuperação e esperamos que o que vimos no primeiro trimestre se repita durante o restante deste ano", disse Wagoner.
Neste ano, os papéis da empresa já acumulam alta de 15%.
A GM disse que seu prejuízo líquido referente às operações na América do Norte recuou para US$ 987 milhões, ante US$ 1,74 bilhão no mesmo período de 2005. A maior parte do aumento da produção mundial de automóveis da empresa, que passou de 2,2 milhões para 2,4 milhões de unidades, ocorreu na região.


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