|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em evento, executivos aplaudem críticas à falta de eficiência no porto de Santos
Alan Marques - 24.jan.07/Folha imagem
|
O empresário Jorge Gerdau, que falou contra a carga tributária e reclamou do porto de Santos |
DA ENVIADA A COMANDATUBA
As dificuldades de exportar
via porto de Santos, por conta
da politicagem, foi um dos principais temas de debate ontem
entre os empresários que participaram do 6º Fórum Empresarial de Comandatuba.
"Não podemos ter lá só acordos políticos. É preciso profissionalizar o porto", afirmou o
presidente da Fiesp, Paulo
Skaf. "Se existisse uma gestão
eficiente [no porto] que quebrasse com o corporativismo, a
produtividade seria aumentada, assim como a geração de
empregos", ecoou o presidente
do conselho da Gerdau, Jorge
Gerdau.
As queixas de Skaf e Gerdau
sobre o modelo de administração do porto de Santos fizeram
sucesso na platéia, em boa parte composta por exportadores,
que aplaudiu bastante.
O porto de Santos é o maior
do Brasil e um dos mais importantes da América Latina. Sua
gestão é, por tradição, fatiada
entre indicações políticas.
Atualmente, o grupo que comanda o porto é ligado ao deputado federal Waldemar da
Costa Neto (PR-SP).
Costa Neto foi eleito em outubro do ano passado, depois de
ter renunciado ao mandato anterior. O deputado foi um dos
acusados no caso do mensalão.
Também enfrenta um pedido
do Ministério Público Eleitoral
de cassação do atual mandato.
Motivo: crime eleitoral.
Outra preocupação dos empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), organizador do evento, foi a demora na
concessão de licenças ambientais. "A legislação determina
risco adicional ao servidor público que trata do assunto [concessão da licença]. Isso leva a
um temor que realmente impede o funcionário de trabalhar",
observou Jorge Gerdau.
Social
Discussões econômicas à
parte, a presidente do Instituto
Ayrton Senna, Viviane Senna,
arrecadou R$ 3,9 milhões em
16 minutos para programas
educacionais tocados em parceria com o Lide. Outros R$ 100
mil foram para Zilda Arns, da
Pastoral da Criança. O valor é
recorde em todas as edições do
Fórum Empresarial.
Segundo Viviane, mantido o
ritmo atual, o Brasil levará 305
anos para ter um Índice de Desenvolvimento Humano equivalente ao de um país rico.
(JL)
Texto Anterior: Empresários atacam juro e pedem corte de gastos do governo Próximo Texto: Ipea prevê maior crescimento para o PIB Índice
|