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São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003

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"G8 Paralelo" faz crítica à postura do grupo oficial

DA REDAÇÃO

As decisões econômicas do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia) foram desacreditadas. A avaliação consta de um relatório do "G8 Paralelo", um grupo formado por ex-autoridades mundiais, entre elas o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Henry Kissinger.
A razão do descrédito, de acordo com o relatório, é que os membros do G8 dizem aos outros países como eles devem agir, mas falham em colocar ordem em suas próprias casas.
Essa crescente "crise de legitimidade" põe em xeque a cooperação entre as lideranças mundiais das democracias industrializadas enquanto desafios, tais como o terrorismo, elevam a necessidade de trabalhar em conjunto, afirma o relatório. "A aparente má vontade dos membros do G8 de criticarem a si mesmos, combinada com sua tendência para criticar os outros, produziu uma crise de legitimidade."
O documento foi elaborado por 20 especialistas, entre eles o ex-presidente do Fed (o banco central dos Estados Unidos) Paul Volcker e o ex-vice-presidente da Comissão Européia Leon Brittan.
O "G8 Paralelo" também descreveu o déficit orçamentário dos Estados Unidos como alarmante e afirmou que Washington deveria evitar novos cortes nos impostos. Segundo o relatório, os líderes mundiais deveriam, na reunião anual do G8 "verdadeiro" deste ano, ajudar a impulsionar o comércio mundial planejando que todas as barreiras tarifárias fossem removidas em uma década.
Para o grupo, os membros do G8 deveriam superar as tensões causadas pela guerra no Iraque e procurar soluções para os problemas econômicos atuais.
O "G8 Paralelo" começou a oferecer suas recomendações ao grupo oficial há três anos.


Com agências internacionais


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