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MERCADO FINANCEIRO
Expectativa de que BC vá manter taxa inalterada deixa índice estável, sob a influência internacional
"Desanimada" sobre os juros, Bovespa pára
DA REPORTAGEM LOCAL
Na véspera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa de juros, o Ibovespa fechou praticamente estável, com queda de 0,01%. Apesar
da pequena variação, o índice
chegou a cair 1,33%, influenciado
principalmente pelas Bolsas norte-americanas.
A cotação das ações da Telemar,
responsáveis ontem por 27% da
formação do Ibovespa, refletiu a
oscilação de humor dos investidores. Os papéis preferenciais da
empresa chegaram a cair 1,8%,
mas depois se recuperaram e fecharam em alta de 1,05%.
Os indicadores econômicos internacionais negativos e os rumores de possíveis ataques terroristas internacionais impediram a
Bolsa de se recuperar da queda de
3,62% do dia anterior.
Segundo analistas, a neutralização do pessimismo internacional
só aconteceria se os investidores
acionários acreditassem que o BC
pudesse anunciar hoje uma redução nos juros. Entretanto, como
essa possibilidade já foi afastada
das mesas de negociações, o cenário externo desfavorável predominou no pregão.
Apesar da estabilidade do Ibovespa, algumas ações encerraram
o dia com forte valorização. A notícia de que o ex-presidente da Petrobras e da Globopar, Henri Philippe Reichstul, está assessorando
a Klabin fez as ações preferenciais
da empresa fecharem em alta de
10,9%. Segundo analistas do setor, a empresa deve divulgar em
breve novidades sobre sua reestruturação financeira, o que inclui
a venda de ativos.
Das dez ações mais negociadas,
o destaque positivo ficou com as
ações preferenciais da Telesp Celular Participações, que subiram
3,04%.
Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a crença de que
as taxas de juros não deverão cair
rapidamente provocou uma alta
nos contratos DI, que consideram
os juros interbancários. As projeções de juros de médio prazo foram as que mais sofreram alterações.
Os contratos com vencimento
em junho subiram apenas 0,04%,
e passaram de 26,14% para
26,15% ao ano. Já os juros anuais
dos contratos com liquidação em
janeiro de 2004 passaram de
23,67% para 24,11%, alta de
1,86%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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