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São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Expectativa de que BC vá manter taxa inalterada deixa índice estável, sob a influência internacional

"Desanimada" sobre os juros, Bovespa pára

DA REPORTAGEM LOCAL

Na véspera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa de juros, o Ibovespa fechou praticamente estável, com queda de 0,01%. Apesar da pequena variação, o índice chegou a cair 1,33%, influenciado principalmente pelas Bolsas norte-americanas.
A cotação das ações da Telemar, responsáveis ontem por 27% da formação do Ibovespa, refletiu a oscilação de humor dos investidores. Os papéis preferenciais da empresa chegaram a cair 1,8%, mas depois se recuperaram e fecharam em alta de 1,05%.
Os indicadores econômicos internacionais negativos e os rumores de possíveis ataques terroristas internacionais impediram a Bolsa de se recuperar da queda de 3,62% do dia anterior.
Segundo analistas, a neutralização do pessimismo internacional só aconteceria se os investidores acionários acreditassem que o BC pudesse anunciar hoje uma redução nos juros. Entretanto, como essa possibilidade já foi afastada das mesas de negociações, o cenário externo desfavorável predominou no pregão.
Apesar da estabilidade do Ibovespa, algumas ações encerraram o dia com forte valorização. A notícia de que o ex-presidente da Petrobras e da Globopar, Henri Philippe Reichstul, está assessorando a Klabin fez as ações preferenciais da empresa fecharem em alta de 10,9%. Segundo analistas do setor, a empresa deve divulgar em breve novidades sobre sua reestruturação financeira, o que inclui a venda de ativos.
Das dez ações mais negociadas, o destaque positivo ficou com as ações preferenciais da Telesp Celular Participações, que subiram 3,04%.

Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a crença de que as taxas de juros não deverão cair rapidamente provocou uma alta nos contratos DI, que consideram os juros interbancários. As projeções de juros de médio prazo foram as que mais sofreram alterações.
Os contratos com vencimento em junho subiram apenas 0,04%, e passaram de 26,14% para 26,15% ao ano. Já os juros anuais dos contratos com liquidação em janeiro de 2004 passaram de 23,67% para 24,11%, alta de 1,86%.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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