São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Soluções para o café Membros da Organização Internacional do Café estão reunidos em Londres. Organizadas pelo Banco Mundial, as discussões se concentram nas questões sobre desequilíbrio entre produção e demanda, consumo, programas de qualidade e modelos de intervenção, diz Guilherme Braga, do Cecafé e representante do Brasil. Pouco para o produtor Outro aspecto discutido ontem foram as elevadas margens das indústrias. Os produtores recebem apenas 0,02 a 0,03 por xícara, enquanto os consumidores europeus pagam 2,40 por xícara. O lucro fica todo com a indústria. Posição brasileira Braga diz que Lineu Costa Lima, da Secretaria de Produção do Mapa, enfatizou o compromisso do governo com a produção e os produtores, reafirmando a importância social e econômica do produto no país. O Brasil manterá o esforço de exportação e de expansão do consumo interno, sem abdicar da participação externa. Organização do mercado Já Juan Manuel Santos, da Colômbia, defendeu a organização do mercado e o sistema de controle da oferta por cotas, com retorno à disciplina dos anos 80. Disse que a liberalização somente trouxe problemas aos produtores. Sem intervenções Michael Neumann, da NGG, criticou o retorno dos modelos intervencionistas. Já Kevin Cleaver, do Banco Mundial, defendeu formas de redução das margens das indústrias e repasse aos preços e não considerou descartável a organização do mercado por controles da oferta. Joint venture com cubanos Os usineiros cubanos querem uma ajuda brasileira para o desenvolvimento do setor. Estão dispostos a destinar algumas usinas em operação no país para a formação de joint venture com empresários brasileiros desse setor. Projeto no BNDES Para viabilizar essa associação entre cubanos e brasileiros, foi desenvolvido um projeto que seria financiado pelo BNDES. O banco sabe dessa movimentação no setor, mas ainda não avaliou nenhum projeto a respeito do assunto, segundo informações do mercado. PIB agrícola O PIB do setor agropecuário brasileiro cresceu 1,7% no acumulado de janeiro e fevereiro sobre o valor do ano passado. Com isso, está projetada uma remuneração de R$ 128 bilhões no campo neste ano. Desse valor, R$ 75 bilhões ficam com a agricultura e R$ 52 bilhões com a pecuária, segundo o Cepea. Sem aftosa A OIE aprovou ontem, em Paris, a inclusão de Rondônia na zona livre de febre aftosa com vacinação. Antes, em novembro de 2002, a Comissão de Febre Aftosa e Outras Epizootias da OIE havia aprovado o relatório de ampliação da zona livre, incluindo Rondônia. Áreas livres O Mapa informa que dos 180 milhões de cabeças do rebanho brasileiro, agora 161 milhões estão em áreas livres da aftosa. Santa Catarina é o único Estado declarado como zona livre sem vacinação. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: "Desanimada" sobre os juros, Bovespa pára Próximo Texto: Comércio exterior: BNDES quer reduzir auxílio à Embraer Índice |
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