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São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003

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COMÉRCIO EXTERIOR

Lessa pretende que empresa consiga outras formas de financiamento a fim de apoiar outros exportadores

BNDES quer reduzir auxílio à Embraer

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) quer que a Embraer busque novos financiadores a fim de reduzir sua participação relativa nos empréstimos às exportações da empresa. A informação foi dada ontem pelo presidente da instituição, Carlos Lessa.
"O BNDES não é a única fonte de financiamento de aviões do mundo", disse Lessa, ressalvando que o banco seguirá dando total apoio às exportações da Embraer. Segundo ele, o objetivo do banco é ter mais dinheiro para financiar outras exportações do país.
"O que estamos solicitando é que exista, naturalmente, uma redução relativa, mas uma redução que não cause nenhum dano à empresa", disse Lessa.
Segundo dados do BNDES, o apoio à Embraer representa hoje 47% de todo a ajuda do banco às exportações do país. O banco financia até 80% do preço de cada unidade exportada.
A fabricante de aviões emitiu comunicado no qual afirma que, ""se a função do BNDES é dar suporte à industria nacional, com vistas ao desenvolvimento do país, a Embraer está plenamente sintonizada com esses objetivos".
Lessa disse também ontem que o BNDES está tentando conseguir autorização do governo para criar um programa de financiamento à compra de caminhões "em condições subsidiadas". Seria um programa semelhante ao Moderfrota, no qual o banco financia a compra de equipamentos agrícolas a juros fixos, com a ajuda de recursos do Tesouro Nacional.
Segundo Lessa, o Moderfrota, criado no governo passado, "foi um pecado venial do governo Fernando Henrique Cardoso em relação ao pensamento neoliberal". Ele quer agora criar mecanismo semelhante para financiar a renovação da frota de caminhões.
Lessa reafirmou ontem que o BNDES não vai financiar a Varig antes que a companhia aérea concretize sua fusão com a TAM. Segundo ele, isso significaria uma quebra das regras de empréstimo do banco. Lessa afirmou que não há divergência sobre esse assunto entre ele e o ministro da Defesa, José Viegas. A Varig quer o aval do BNDES para renegociar dívida de US$ 120 milhões com o Banco do Brasil e a BR Distribuidora. O Ministério da Defesa é favorável à operação.


Colaborou a Reportagem Local


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