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COMÉRCIO EXTERIOR
Lessa pretende que empresa consiga outras formas de financiamento a fim de apoiar outros exportadores
BNDES quer reduzir auxílio à Embraer
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) quer que a Embraer busque novos financiadores a fim de
reduzir sua participação relativa
nos empréstimos às exportações
da empresa. A informação foi dada ontem pelo presidente da instituição, Carlos Lessa.
"O BNDES não é a única fonte
de financiamento de aviões do
mundo", disse Lessa, ressalvando
que o banco seguirá dando total
apoio às exportações da Embraer.
Segundo ele, o objetivo do banco
é ter mais dinheiro para financiar
outras exportações do país.
"O que estamos solicitando é
que exista, naturalmente, uma redução relativa, mas uma redução
que não cause nenhum dano à
empresa", disse Lessa.
Segundo dados do BNDES, o
apoio à Embraer representa hoje
47% de todo a ajuda do banco às
exportações do país. O banco financia até 80% do preço de cada
unidade exportada.
A fabricante de aviões emitiu
comunicado no qual afirma que,
""se a função do BNDES é dar suporte à industria nacional, com
vistas ao desenvolvimento do
país, a Embraer está plenamente
sintonizada com esses objetivos".
Lessa disse também ontem que
o BNDES está tentando conseguir
autorização do governo para criar
um programa de financiamento à
compra de caminhões "em condições subsidiadas". Seria um programa semelhante ao Moderfrota, no qual o banco financia a
compra de equipamentos agrícolas a juros fixos, com a ajuda de
recursos do Tesouro Nacional.
Segundo Lessa, o Moderfrota,
criado no governo passado, "foi
um pecado venial do governo
Fernando Henrique Cardoso em
relação ao pensamento neoliberal". Ele quer agora criar mecanismo semelhante para financiar a
renovação da frota de caminhões.
Lessa reafirmou ontem que o
BNDES não vai financiar a Varig
antes que a companhia aérea concretize sua fusão com a TAM. Segundo ele, isso significaria uma
quebra das regras de empréstimo
do banco. Lessa afirmou que não
há divergência sobre esse assunto
entre ele e o ministro da Defesa,
José Viegas. A Varig quer o aval
do BNDES para renegociar dívida
de US$ 120 milhões com o Banco
do Brasil e a BR Distribuidora. O
Ministério da Defesa é favorável à
operação.
Colaborou a Reportagem Local
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