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SIDERURGIA
Empresa não pediu, no país, a conversão de ações
Problemas com a CVM marcam o 1º dia de negócios da Vale em NY
CHICO SANTOS
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
E DA SUCURSAL DO RIO
Um problema com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários)
marcou o primeiro dia de negociações das ações da Companhia
Vale do Rio Doce no pregão da
Bolsa de Nova York -lançamento que abre espaço para que o governo possa vender os 32% do capital votante (ações ordinárias) da
empresa que ainda estão em seu
poder (o controle da empresa foi
privatizado em maio de 97).
As ações da empresa brasileira
em Wall Street são negociadas na
forma de Recibos de Depósitos de
Ações, chamados ADRs (American Depositary Receipts), por se
tratarem de papéis de empresa estrangeira. O depositário das ações
da Vale é o banco J.P. Morgan.
Até agora, a empresa podia negociar apenas ADRs nível um (fora do pregão). A partir de ontem,
os ADRs da Vale passaram ao nível dois. Para a oferta de um bloco
novo, como a que o governo pretende fazer, é necessário chegar
ao nível três.
O problema com a CVM aconteceu porque, segundo Fábio
Fonseca, gerente de acompanhamento de mercado da comissão
-o órgão do governo brasileiro
que regula o mercado de ações-,
a Vale do Rio Doce não deu entrada, no Brasil, no processo para
que também as ações brasileiras
pudessem ser convertidas ao nível ADR dois.
Por dar a autorização, a CVM
exigiu a tradução juramentada
para o português de todas as informações fornecidas aos investidores de Nova York e suspendeu
a conversão para ADR dois de novos papéis além dos já listados como ADR um (45,8 milhões de
ações preferenciais, equivalentes
a 12% do capital da empresa).
A Vale informou em Nova York
que o problema já estava resolvido, mas até o final da tarde de ontem a CVM não havia autorizado
a conversão.
Os papéis da Vale, com o nome
de Rio, começaram a ser negociados ontem no pregão de Nova
York às 9h30. O primeiro negócio
no pregão foi feito pelo presidente
do conselho de administração da
Vale, Roger Agnelli, que comprou
um lote de cem papéis ao preço de
US$ 28,50 por ação.
Os analistas de mercado avaliam que os papéis podem chegar
a US$ 32 ou US$ 33 por ação.
O jornalista Chico Santos viajou a Nova
York a convite da Vale
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