São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SIDERURGIA
Empresa não pediu, no país, a conversão de ações
Problemas com a CVM marcam o 1º dia de negócios da Vale em NY

CHICO SANTOS
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
E DA SUCURSAL DO RIO

Um problema com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) marcou o primeiro dia de negociações das ações da Companhia Vale do Rio Doce no pregão da Bolsa de Nova York -lançamento que abre espaço para que o governo possa vender os 32% do capital votante (ações ordinárias) da empresa que ainda estão em seu poder (o controle da empresa foi privatizado em maio de 97).
As ações da empresa brasileira em Wall Street são negociadas na forma de Recibos de Depósitos de Ações, chamados ADRs (American Depositary Receipts), por se tratarem de papéis de empresa estrangeira. O depositário das ações da Vale é o banco J.P. Morgan.
Até agora, a empresa podia negociar apenas ADRs nível um (fora do pregão). A partir de ontem, os ADRs da Vale passaram ao nível dois. Para a oferta de um bloco novo, como a que o governo pretende fazer, é necessário chegar ao nível três.
O problema com a CVM aconteceu porque, segundo Fábio Fonseca, gerente de acompanhamento de mercado da comissão -o órgão do governo brasileiro que regula o mercado de ações-, a Vale do Rio Doce não deu entrada, no Brasil, no processo para que também as ações brasileiras pudessem ser convertidas ao nível ADR dois.
Por dar a autorização, a CVM exigiu a tradução juramentada para o português de todas as informações fornecidas aos investidores de Nova York e suspendeu a conversão para ADR dois de novos papéis além dos já listados como ADR um (45,8 milhões de ações preferenciais, equivalentes a 12% do capital da empresa).
A Vale informou em Nova York que o problema já estava resolvido, mas até o final da tarde de ontem a CVM não havia autorizado a conversão.
Os papéis da Vale, com o nome de Rio, começaram a ser negociados ontem no pregão de Nova York às 9h30. O primeiro negócio no pregão foi feito pelo presidente do conselho de administração da Vale, Roger Agnelli, que comprou um lote de cem papéis ao preço de US$ 28,50 por ação.
Os analistas de mercado avaliam que os papéis podem chegar a US$ 32 ou US$ 33 por ação.


O jornalista Chico Santos viajou a Nova York a convite da Vale

Texto Anterior: Captação: Brasil volta ao mercado de títulos com emissão de US$ 719 mi em euro
Próximo Texto: Telecomunicações: Anatel anuncia hoje decisão sobre banda C
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.