São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Desemprego vai a 18,7% da PEA em São Paulo

DO FOLHANEWS

O desemprego na região metropolitana de São Paulo registrou um pequeno crescimento em maio, atingindo 18,7% da PEA (População Economicamente Ativa), segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego divulgada ontem pela Fundação Seade/Dieese. O contingente de desempregados é estimado em 1,704 milhão de pessoas. Em abril, a taxa foi de 18,6%.
O comércio e a construção civil puxaram a criação de 22 mil postos de trabalho na Grande São Paulo em maio. No comércio foram criadas 18 mil vagas e, na construção civil, 11 mil. Também teve desempenho favorável o setor de serviços, com a criação de 4.000 postos.
A indústria, por sua vez, eliminou 11 mil vagas, principalmente entre os trabalhadores autônomos. Os setores mais atingidos na indústria foram alimentação, química e borracha.
A taxa de desemprego registrou crescimento devido à incorporação de 38 mil pessoas à PEA. Isso aumentou o número de desempregados em 16 mil, apesar da criação de 22 mil novos postos de trabalho.

Acumulado em 12 meses
A taxa de desemprego na região caiu 1,6 ponto percentual nos últimos 12 meses, segundo a pesquisa Seade/Dieese. Em maio de 99, o desemprego atingia 20,3% da PEA.
No período de 12 meses foram criadas 257 mil novas vagas, o que superou a entrada de 139 mil pessoas na PEA.
Com isso, houve uma redução de 118 mil trabalhadores no contingente total de desempregados.
Houve expansão do emprego em todos os setores, com destaque para os serviços, onde houve aumento de 5% no número de vagas.
O emprego cresceu 2,7% no item outros setores, 2% na indústria e 1,6% no comércio.

Rendimento cai
Apesar de a taxa acumulada de desemprego apresentar declínio, o rendimento continua abaixo do registrado no ano passado. Além disso, os assalariados sem carteira e os autônomos continuam a crescer mais do que os assalariados com carteira assinada e assalariados do setor publico.
O rendimento médio registado em abril deste ano foi de R$ 827. Em abril do ano passado, era de R$ 888.
Em 12 meses, os assalariados sem carteira cresceram 15,7%; os trabalhadores autônomos, 5,6%; e os assalariados com carteira, 0,8%. O setor público não sofreu alterações.


Texto Anterior: Trabalho: Desemprego em cinco meses é recorde, aponta IBGE
Próximo Texto: Custo de vida: Tarifas já começam a pressionar inflação
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.