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CUSTO DE VIDA
Fipe revê taxa do mês em SP de 0,10% para 0,30%; serviços públicos devem elevar índice a partir de julho
Tarifas já começam a pressionar inflação
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
A taxa de inflação começa a mudar de patamar em São Paulo. Os
alimentos estão com queda menor, os equipamentos eletrodomésticos continuam subindo e os
remédios entraram na lista das
pressões no bolso dos paulistanos.
Com isso, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
registrou inflação de 0,20% na segunda quadrissemana deste mês
e refez a previsão da taxa de junho
de 0,10% para 0,30%.
A partir do próximo mês, a entidade espera uma aceleração ainda
maior na inflação. Heron do Carmo, coordenador do IPC (Índice
de Preços ao Consumidor) da Fipe, prevê taxas de 0,70% para julho e agosto. Nos cinco primeiros
meses deste ano a inflação acumulada é de apenas 0,69%.
A má notícia para os paulistanos é o peso que as tarifas públicas devem representar nos seus
gastos a partir de julho. A boa notícia, no entanto, é que os aumentos não devem ser tão fortes quanto os esperados, diz o economista
da Fipe, desde que os demais reajustes fiquem próximos aos dos
telefone (11%). A Fipe previa que
o reajuste mínimo para as tarifas
seria de 12%.
A taxa de inflação deve subir no
início do segundo semestre porque as tarifas públicas têm forte
influência no índice. Segundo a
Fipe, de cada R$ 100,00 gastos pelos paulistanos, R$ 17,82 são com
tarifas públicas. O primeiro aumento é o das tarifas telefônicas,
de 11%. Isso representa 0,25 ponto
percentual a mais na inflação. Esse aumento deve começar a aparecer no índice da Fipe a partir da
segunda semana de julho.
Um aumento semelhante ao do
telefone para energia elétrica elevaria a taxa de inflação em 0,44
ponto percentual. Já no caso da
gasolina, 10% de reajuste pode representar 0,25 ponto.
Dois outros reajustes podem
pesar no bolso dos paulistanos
nos próximos meses: água e esgoto e transportes coletivos. No caso
de água e esgoto, o aumento, se
vier, deve ser pequeno. Em ano de
racionamento e de eleições, o desgaste do governo seria muito
grande com uma taxa elevada de
reajuste, prevê Heron do Carmo.
No caso dos transportes coletivos, o aumento está muito incerto, devido à turbulência política
vivida na Prefeitura de São Paulo.
Os principais aumentos de preços na segunda quadrissemana
deste mês (últimos 30 dias terminados no dia 15), vieram de equipamentos eletrodomésticos
(0,76%), alimentação fora do domicílio (0,51%), veículo próprio
(0,60%), remédios (1,45%), roupa
de mulher (2,25%) e roupa de homem (0,33%).
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