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Empresários querem que estrada vire ponto turístico
DO ENVIADO ESPECIAL AO PERU
Abra Pirhyuani é o topo da
Estrada do Pacífico, a 4.725
metros do nível do mar. Da rodovia nova e deserta avista-se a
Ausangate, uma cordilheira de
grandes montanhas cobertas
com manto branco de neve.
O ar escasso prejudica esforços para subir até mirantes de
onde se consegue avistar a rodovia serpenteando os Andes.
O plano dos empresários que
exploram o turismo de Cusco é
transformar a própria Interoceânica em destino turístico. A
estrada cruza regiões impressionantes, embora a observação de alguns lugares mais de
perto provoque hostilidade por
parte das comunidades locais.
O plano de transformar a Interoceânica num corredor para
uso do Brasil não é algo que
agrada aos próprios peruanos.
"Não queremos ver caminhões
e caminhões passando pela estrada rumo aos portos e voltando vazios", afirmou o governador de Cusco, Hugo Sayán.
A viagem começa pela planície amazônica, no sentido leste-oeste. A floresta avança até
altitudes superiores a 2.000
metros do nível do mar. A zona
chamada de selva alta tem relevo com grandes montanhas cobertas por uma densa floresta.
Foi nessa região que ocorreram
as filmagens de "Fitzcarraldo",
do alemão Werner Herzog.
Avançando sobre a cordilheira, a paisagem muda. Sobre a
vegetação rasteira, alpacas e vicunhas vagam pelo altiplano.
Entre Cusco e Abancay, grandes rios de águas transparentes
correm por entre pedras. A rodovia então sobe para a cidade
de Puquio e inicia a descida das
cordilheiras até Nazca, a 500
metros do nível do mar. Onde o
deserto domina a paisagem. Setenta quilômetros adiante,
avista-se o Pacífico.
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