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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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Bovespa reage com euforia e sobe 2,2%; caem taxas de juros futuros

Luludi/Reuters
Operadores no pregão da BM&F; após redução dos juros, números de contratos DI subiram 135%


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A redução da taxa básica de juros em 2,5 pontos percentuais pegou o mercado de surpresa. A Bovespa respondeu à decisão com euforia e subiu 2,18%. As taxas de juros futuros caíram fortemente.
O consenso do mercado era de que os juros cairiam 1,5 ponto percentual. Os mais otimistas falavam em queda de 2 pontos.
A Bovespa teve uma forte movimentação. O giro do pregão alcançou os R$ 1,04 bilhão. Foi o décimo pregão consecutivo que a Bolsa fechou em alta, alcançado os 14.466 pontos, melhor nível desde março de 2002. No ano, a alta da Bovespa está em 28,3%.
"A Bolsa subiu bastante, mas ainda está barata e deve atrair recursos da renda fixa. Com taxas de juros menores, os agentes financeiros vão realocar parte de seus ativos, passando a assumir um pouco mais de risco, como as aplicações no mercado de ações", diz Marco Franklin, sócio-diretor da ARX Capital Management.
Pesquisa do FolhaNews, com 40 economistas de bancos, corretoras e consultorias, mostrava que 80% dos entrevistados acreditavam que o Copom reduziria os juros em 1,5 ponto percentual.
Com a baixa mais forte, bancos correram para ajustar suas posições na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). As taxas dos contratos DI -que seguem as taxas interbancárias- caíram rapidamente após o anúncio da decisão. O número de contratos DI negociados foi 135% maior que no dia anterior. Na terça, a taxa do DI de prazo de vencimento mais curto, que melhor espelhava a expectativa em torno da decisão do Copom, estava em 22,92%. No início da tarde de ontem, havia caído para 22,72%. Após sair a decisão sobre os juros, a taxa desabou para fechar a 22,02% ao ano. No contrato de dezembro, a taxa caiu de 21,40% para 20,63%.
O dólar chegou a subir 0,97% após o corte dos juros, mas fechou a R$ 2,995, alta de 0,23%.
A Bolsa até operou em baixa de 0,7% pela manhã, com investidores iniciando um movimento de realização do lucros. O mercado acionário só ganhou novo fôlego após o corte dos juros para 22%.


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