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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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Lojas já anunciam redução nas taxas

DA REPORTAGEM LOCAL

Redes varejistas seguiram a decisão do Copom e já anunciaram ontem queda temporária nas taxas de juros ao consumidor.
A Casas Bahia cortou pela metade seus juros para crediário (de 6,9% ao mês para 3,45%) e cartão de crédito (de 2,9% para 1,45%) até a próxima sexta-feira.
Segundo a assessoria de imprensa da rede, a reação do consumidor será avaliada para se decidir se a redução será mantida.
Outro caso é a Arapuã, que divulgou que as suas taxas para pagamento com cartão de crédito, que até ontem eram de 2,99% ao mês, vão baixar para 0,99% a partir de hoje em todo o Brasil, exceto São Paulo. No Estado, essa redução já está em prática desde o fim de semana retrasado.
A rede, que não decidiu até quando o corte será mantido, tinha optado a princípio por reduzir as taxas somente hoje.
No entanto, na avaliação de especialistas, o impacto da redução da Selic ao consumidor -apesar de ter sido superior à esperada pelo mercado- não deve ser significativo na média.
Isso porque os juros cobrados por bancos e financeiras de pessoas físicas são tão altos -chegam a até 2.200% ao ano- que a variação na taxa básica, a Selic, hoje em 22% ao ano, tem que ser muito grande para haver impacto direto e imediato.
De acordo com estimativa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), os juros médios cobrados pelo comércio, que hoje são de 6,67% ao mês, baixarão para 6,5%.

Economia de R$ 0,91
Com base nessas taxas, a entidade calcula que, com a queda, ao adquirir uma geladeira de R$ 800 financiada em 12 vezes, por exemplo, o consumidor vai economizar em média R$ 0,91 por parcela.
No cheque especial, a queda para pessoa física é de 9,64% para 9,47%. Para empresas, a linha de crédito para obter capital de giro, que hoje é de 4,59% ao mês, deve passar para 4,42%.
Segundo a Anefac, no período de março de 99 a julho de 2003 (sem considerar a redução da Selic neste mês), o BC reduziu os juros em 45,56%. No entanto as taxas cobradas na ponta caíram apenas 35,3% no período.
(MAELI PRADO)


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