DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem a minimizar o impacto no Brasil das turbulências nos mercados financeiros, em seu programa semanal de rádio, o "Café com o Presidente". Ele disse que a crise é "eminentemente americana" e criticou os que "torcem para que a desgraça aconteça neste país".
"É uma crise do setor imobiliário americano e de alguns fundos que compraram títulos de terceira categoria, pensando em ganhar muito dinheiro nos Estados Unidos. Então, na hora em que os Estados Unidos resolverem o seu problema, não terá problema no mundo", afirmou, acrescentando: "O dado concreto é o seguinte: o Brasil não está com medo dessa crise. Nós temos a preocupação natural de um país emergente, como qualquer país emergente deste mundo. Agora, é importante saber o seguinte: nós temos US$ 160 bilhões de reservas".
Segundo Lula, o montante de reservas permite que o Brasil fique "tranqüilo" e tenha segurança para uma eventual especulação financeira. A crise nos mercados foi tema ontem da reunião de coordenação política do governo. Na semana passada, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que não há possibilidade de se sair ileso dessas turbulências.
(LETÍCIA SANDER)


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