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outro lado
Banco diz que não recebeu notificação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LUNARDELLI
O Banco do Brasil informou que, até a última sexta-feira, não havia sido notificado pela CGU (Controladoria
Geral da União) das "irregularidades mencionadas em
operações de Pronaf".
Segundo o BB, que se pronunciou por meio de sua assessoria de imprensa, "qualquer ato que contrarie os
normativos do banco é rigorosamente apurado e são tomadas as providências específicas cabíveis".
Em nota, a direção do Banco do Brasil afirma que o
banco é parceiro dos agricultores e o principal agente financeiro do Pronaf. E cita
números para provar o seu
"compromisso com a agricultura familiar brasileira".
Segundo o documento,
mais de dois terços dos recursos aplicados no programa são via BB. Com saldo em
carteira de R$ 12,5 bilhões na
agricultura familiar, o banco
tem 1,050 milhão de contratos realizados por cerca de
2.700 agências.
A nota da direção do BB,
em resposta aos questionamentos da Folha, não menciona nenhuma das irregularidades constatadas pela
CGU ou pela reportagem no
município de Lunardelli, no
Paraná.
O gerente regional do BB
em Maringá (norte do Paraná), Sebastião Santana Lima,
disse que não poderia, por
respeito ao sigilo bancário,
comentar situações específicas de agricultores de Lunardelli.
Os contratos do Pronaf
dos agricultores de Lunardelli foram feitos na agência BB
de São João do Ivaí, subordinada à regional de Maringá.
Lima afirmou que a exigência de reciprocidade é
proibida pelo banco. "Nós
orientamos nossos gerentes
e colaboradores a oferecer os
serviços e produtos do banco, mas a venda "casada" ou
exigência de reciprocidade é
terminantemente proibida",
afirmou o gerente.
Segundo Lima, a agência
de São João do Ivaí atendeu,
na última safra de verão, 522
agricultores familiares, com
a efetivação de 581 contratos
-um agricultor pode pegar
mais de um empréstimo-,
inclusive os de agricultores
de Lunardelli.
"Desse total, apenas 39
produtores têm algum tipo
de produto do banco, em
uma prova que não houve irregularidades", disse.
O banco não se pronunciou sobre o não uso ou divulgação da conta governamental em empréstimos do
Pronaf.
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