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Maior perda é de tributo sobre o faturamento
MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Apenas quatro tributos fizeram a receita tributária federal cair mais de R$ 19,5 bilhões nos primeiros sete meses deste ano em relação ao
mesmo período do ano passado. Todos são cobrados sobre o faturamento ou o lucro
das empresas. Isso prova que
a desaceleração econômica
continua sendo o principal
motivo -ao lado das desonerações- para a queda da receita tributária neste ano.
A Cofins e o PIS/Pasep, cobrados sobre o faturamento
das empresas, foram responsáveis por menos R$ 11,2 bilhões nos cofres da União.
Assim, as duas contribuições
responderam por mais de
44% dos R$ 25,4 bilhões que
deixaram de ser arrecadados
entre janeiro e julho. Em valores, foram R$ 91,4 bilhões
em 2008 e R$ 80,2 bilhões
neste ano (a preços de julho).
O IR e a CSLL pagos pelas
empresas foram responsáveis por menos R$ 8,33 bilhões na receita deste ano
-ambos incidem sobre o lucro das pessoas jurídicas.
Neste ano foram arrecadados R$ 77,7 bilhões, ante
R$ 86 bilhões entre janeiro e
julho de 2008.
Entre as desonerações
promovidas pelo governo para incentivar a economia, o
IPI sobre os chamados "demais produtos" -caminhões, material de construção e eletrodomésticos- foi
responsável por menos R$
5,9 bilhões (de R$ 17,5 bilhões para R$ 11,6 bilhões).
Mesmo com essas quedas,
os governos federal, estaduais e municipais obterão,
pelo segundo ano seguido,
receita superior a R$ 1 trilhão, segundo previsão do
advogado Gilberto Luiz do
Amaral, presidente do IBPT.
Até ontem, o Impostômetro -painel eletrônico instalado no prédio da Associação
Comercial de São Paulo que
mostra, em tempo real, o total da arrecadação tributária
no país- marcava mais de
R$ 652 bilhões neste ano.
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