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Sob efeito da gripe, México tem maior retração desde 81
Menor demanda dos EUA também influencia na queda de 10,3% do PIB no 2º tri
Economia da Venezuela
encolhe após 22 trimestres
seguidos de expansão;
Taiwan e Noruega têm sinais de melhora
DA REDAÇÃO
Os problemas enfrentados
pelos vizinhos Estados Unidos
e os efeitos na economia local
pela gripe A (H1N1) derrubaram a economia mexicana mais
fortemente do que na crise vivida pelo país em 1995.
O PIB mexicano caiu 10,3%
no segundo trimestre na comparação com o mesmo período
do ano passado, a maior queda
desde pelo menos 1981, quando
o atual levantamento teve início. Nos primeiros três meses
deste ano, a segunda maior economia da América Latina já havia recuado 8%.
A queda do PIB mexicano é
em grande parte resultado da
recessão dos EUA, que compra
cerca de 80% das exportações
do país vizinho. A menor demanda americana foi sentida
em setores como indústria, que
teve queda de 16,4% em relação
a abril a junho do ano passado.
Outro setor que também teve
contração foi o de construção
civil, cujo PIB recuou 9,2%.
A gripe suína, que teve seus
primeiros casos no México divulgados exatamente no segundo trimestre, também teve impacto na queda recorde do PIB.
O setor de atividades terciárias
(comércio, turismo, transporte
etc.) registrou um recuo de
10,4%, ante contração de 7,6%
entre janeiro e março.
No entanto, na comparação
com o trimestre anterior, a economia mexicana sinaliza que o
pior já passou -movimento similar aos de outras grandes
economias. O PIB no segundo
trimestre caiu 1,1% em relação
aos três meses anteriores,
quando se retraiu em 5,8%.
Ainda assim, a economia mexicana não deve escapar de
uma grande queda neste ano. O
presidente Felipe Calderón
disse nesta semana que o PIB
do país deve cair entre 7% e 8%.
Se a economia mexicana começa a dar sinais, ainda que tímidos, de melhora, a da Venezuela foi no caminho contrário.
O PIB se contraiu em 2,4% de
abril a junho ante o mesmo período em 2008, encerrando o
ciclo de 22 trimestres consecutivos de crescimento. Na comparação com o primeiro trimestre, houve alta de 6,2%,
mas isso se explica porque o resultado do início do ano foi
muito ruim: queda de 16%.
Para o BC do país, a queda foi
provocada pela menor produção de petróleo (decorrente de
acordo feito pela Opep para
tentar elevar o preço do barril)
e "a menor disponibilidade de
insumos importados".
Já Noruega e Taiwan continuam em recessão, mas também dão sinais de melhora.
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