São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 2002

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Fundo atrelado à inflação tem restrição

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova modalidade de fundo de investimento vem atraindo quem busca proteger suas economias da inflação. São os fundos indexados a um índice de inflação, em geral o IGP-M, que viraram moda no mercado nos últimos meses. Mas tenha cuidado.
Os fundos IGP-M protegem contra a inflação, mas, segundo especialistas, não são adequados para pequenos e médios investidores, que necessitam de liquidez (facilidade de saque).
Esses fundos carregam títulos públicos indexados ao IGP-M, com prazos de três a seis anos para resgate. "São indicados para investidores institucionais, como fundos de pensão, que aplicam por prazos longos", diz Marcello Paixão, diretor da Max Blue.
Segundo ele, "o pequeno investidor que for para um desses fundos pode se dar mal, pois só fica entre três e seis meses na aplicação. Se quiser sacar, o fundo pode não ter caixa para o resgate".
Além disso, não é uma boa hora para aplicar em papéis indexados ao IGP-M, diz ele. Na semana passada houve uma corrida de investidores por esses títulos, e o cupom (taxa de juro que paga) caiu de 8% para menos 1%. Por serem prefixados, se o juro sobe o valor do título é corrigido para baixo, derrubando a cota do fundo.
Hoje, apenas o Banco do Brasil, o BankBoston, o Citibank, o ABN Amro, o WestLB e o JP Morgan oferecem esses fundos.


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