São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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Indústrias têm suas próprias hidrelétricas

DA REPORTAGEM LOCAL

As declarações do presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, de que as incertezas com o fornecimento de energia elétrica têm afetado os planos de investimento da mineradora no Brasil, não soam estranhas para os empresários.
Se não chegam ao extremo de anunciar que estão adiando ou investindo fora do país, por medo da falta de energia, como a Vale, a preocupação com o tema parece ser constante. Gerdau, AmBev, Vale do Rio Doce, Votorantim, Alcoa e CSN são algumas empresas que têm, nos planos estratégicos, pesados investimentos em autogeração.
"Os grandes consumidores estão preocupados com o apagão porque a oferta não aumenta na mesma proporção que a demanda", diz Edmar de Almeida, professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ. "Quem está no livre mercado já está pagando mais."
Durante a divulgação dos resultados do primeiro semestre, Luiz Fernando Edmond, presidente da AmBev, afirmou que a crise energética da Argentina serviu como um alerta para a empresa, que tem preocupações com relação ao fornecimento de energia no Brasil a partir de 2010. Para não correr riscos, tem investido em geração própria, usando biomassa.
No apagão de 2001, a Gerdau teve de remanejar matéria-prima entre suas nove usinas para minimizar os prejuízos com o apagão.
Agora, está preparando-se para gerar até 30% da energia que consome. Segundo a siderúrgica, como o custo da energia elétrica subiu acima da inflação nos últimos cinco anos, sua meta é ter disponibilidade de energia a preços conhecidos no longo prazo para assegurar a competitividade de seu negócio central.


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