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Indústrias têm
suas próprias
hidrelétricas
DA REPORTAGEM LOCAL
As declarações do presidente da Companhia Vale do
Rio Doce, Roger Agnelli, de
que as incertezas com o fornecimento de energia elétrica têm afetado os planos de
investimento da mineradora
no Brasil, não soam estranhas para os empresários.
Se não chegam ao extremo
de anunciar que estão adiando ou investindo fora do país,
por medo da falta de energia,
como a Vale, a preocupação
com o tema parece ser constante. Gerdau, AmBev, Vale
do Rio Doce, Votorantim, Alcoa e CSN são algumas empresas que têm, nos planos
estratégicos, pesados investimentos em autogeração.
"Os grandes consumidores
estão preocupados com o
apagão porque a oferta não
aumenta na mesma proporção que a demanda", diz Edmar de Almeida, professor
do Grupo de Economia da
Energia da UFRJ. "Quem está no livre mercado já está
pagando mais."
Durante a divulgação dos
resultados do primeiro semestre, Luiz Fernando Edmond, presidente da AmBev,
afirmou que a crise energética da Argentina serviu como
um alerta para a empresa,
que tem preocupações com
relação ao fornecimento de
energia no Brasil a partir de
2010. Para não correr riscos,
tem investido em geração
própria, usando biomassa.
No apagão de 2001, a Gerdau teve de remanejar matéria-prima entre suas nove
usinas para minimizar os
prejuízos com o apagão.
Agora, está preparando-se
para gerar até 30% da energia que consome. Segundo a
siderúrgica, como o custo da
energia elétrica subiu acima
da inflação nos últimos cinco
anos, sua meta é ter disponibilidade de energia a preços
conhecidos no longo prazo
para assegurar a competitividade de seu negócio central.
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