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Mantega volta a criticar Fundo e países ricos
DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) voltou a criticar o
FMI e os países mais ricos ontem em seu discurso oficial no
Comitê Monetário e Financeiro Internacional do órgão.
"Peço-lhes licença para ressaltar a ironia: os países que foram referência da boa governança e de normas e condutas para os sistemas financeiros
são os que se vêem às voltas
com grave fragilidade financeira, colocando em risco a prosperidade da economia mundial", disse Mantega em um preâmbulo para atacar o FMI.
"O Fundo mostrou-se desaparelhado para fazer face a uma
situação como essa. Ficou claro
que o corpo técnico desta instituição precisa aprimorar seu
conhecimento dos mercados financeiros", emendou.
Desde que chegou a Washington, na quinta, Mantega
vem criticando o FMI e seu diretor-gerente, Rodrigo de Rato.
Ele contrapõe "a boa situação
do Brasil" às dificuldades nos
EUA devido à crise imobiliária
(que contaminou os mercados)
e aproveita para cobrar mais
participação e peso de emergentes em decisões do Fundo.
Em seu discurso perante o
Comitê, Mantega reafirmou
que o "lento progresso" na mudança da representatividade
dos emergentes no FMI "se deve à resistência dos desenvolvidos, sobre-representados".
Como resultado da criação
do FMI há mais de 60 anos, o
Brasil tem uma cota de 1,42%
no órgão, abaixo das de economias européias que acabaram
ficando bem menores.
(FCZ)
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