São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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Mantega volta a criticar Fundo e países ricos

DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON

O ministro Guido Mantega (Fazenda) voltou a criticar o FMI e os países mais ricos ontem em seu discurso oficial no Comitê Monetário e Financeiro Internacional do órgão.
"Peço-lhes licença para ressaltar a ironia: os países que foram referência da boa governança e de normas e condutas para os sistemas financeiros são os que se vêem às voltas com grave fragilidade financeira, colocando em risco a prosperidade da economia mundial", disse Mantega em um preâmbulo para atacar o FMI.
"O Fundo mostrou-se desaparelhado para fazer face a uma situação como essa. Ficou claro que o corpo técnico desta instituição precisa aprimorar seu conhecimento dos mercados financeiros", emendou.
Desde que chegou a Washington, na quinta, Mantega vem criticando o FMI e seu diretor-gerente, Rodrigo de Rato. Ele contrapõe "a boa situação do Brasil" às dificuldades nos EUA devido à crise imobiliária (que contaminou os mercados) e aproveita para cobrar mais participação e peso de emergentes em decisões do Fundo.
Em seu discurso perante o Comitê, Mantega reafirmou que o "lento progresso" na mudança da representatividade dos emergentes no FMI "se deve à resistência dos desenvolvidos, sobre-representados".
Como resultado da criação do FMI há mais de 60 anos, o Brasil tem uma cota de 1,42% no órgão, abaixo das de economias européias que acabaram ficando bem menores. (FCZ)


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