FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de câmbio se animou com a perspectiva de entrada de recursos nos próximos dias, com a compra do Banespa pelo Santander, e o dólar comercial caiu 2,49%. No fim dos negócios, o dólar comercial foi vendido a R$ 1,918.
O dólar comercial não registrava um recuo percentual desse nível em um dia desde 25 de março do ano passado.
Com a baixa de ontem, a moeda acumula alta no mês de 0,84%. No dia 9, essa variação havia chegado a 3,58%.
Segundo operadores, o banco Santander entrou forte no mercado hoje, ainda pela manhã, vendendo dólares e diretamente colaborando com a baixa da moeda norte-americana.
Na opinião de Mário Battistel, da Novação, mesmo que o Santander tenha um caixa forte por aqui, a expectativa é que entre no mercado uma grande quantidade de dólares nos próximos dias.
"Acho que agora a cotação do dólar deve dar uma sossegada até o fim do ano. Também acredito que haja espaço para a moeda cair nesses dias."
Luís Henrique Didier, da corretora Didier Levy, diz acreditar que o câmbio deve agora se sustentar nesse patamar.
"Se não houver nenhuma outra surpresa com Argentina e petróleo, não vejo nenhum outro ponto que volte a puxar a moeda."
No dia, as oscilações da taxa de câmbio foram bastante acentuadas. Entre a cotação mínima e máxima, a variação chegou a 3,08%.
A Argentina também deu sinais positivos hoje para o mercado de câmbio, com o anúncio de leilão de títulos públicos a ser realizado pelo governo do país amanhã.
No mercado futuro, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de dólar também recuaram ontem. Nos contratos de janeiro, o dólar fechou a R$ 1,923, baixa de 2,45%. E os contratos que vencem em janeiro do próximo ano, recuaram 2,39%, para fechar em R$ 1,935.
Analistas dizem acreditar que, como o ágio pago pelo Santander foi muito grande, demonstrando forte interesse pelo país, isso pode motivar outros grupos estrangeiros a entrarem no país.
O dólar vinha registrando forte alta desde o mês de setembro. A alta do dólar acumulada no ano -que chegou a ser de mais de 9% há alguns dias- recuou para 6,4% com o fechamento de ontem.


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