DA REPORTAGEM LOCAL

Com a aquisição do Banespa pelo Santander, as empresas espanholas passam a liderar o ranking de investidores estrangeiros na economia brasileira. Nos últimos dez anos, os espanhóis trouxeram ao país cerca de US$ 12 bilhões, ou 35% dos investimentos que entraram no Brasil.
A investida das empresas espanholas no mercado brasileiro fez o país ultrapassar os investidores norte-americanos, que investiram aproximadamente US$ 10 bilhões no mesmo período, cifra que corresponde a 30% do total de investimentos.
A velocidade com que aumentou a participação das empresas espanholas no volume de recursos que entram no país dá uma idéia de sua voracidade. Em dezembro de 1995, os espanhóis possuíam apenas US$ 251 milhões investidos no Brasil. A cifra correspondia a 0,2% dos investimentos estrangeiros no país.
As estimativas são da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transacionais e da Globalização Econômica), que elaborou o ranking com base em dados divulgados pelo BC (Banco Central) e da Espanha Câmara de Comércio.
Segundo a Câmara, que conseguiu duplicar seu número de associados nos últimos dois anos, existem hoje no Brasil cerca de 300 empresas espanholas.
O setor de telecomunicações ficou com a maior parcela de investimentos (43%), seguido do financeiro (32%) e do energético (16%).
O BC não divulga o valor investido por empresa. Segundo a Câmara, no entanto, o maior investidor individual é a Telefónica, que tem planos de investimentos da ordem de US$ 20 bilhões no período 1998/2001.

Liderança em 2000
Neste ano, os espanhóis também lideram o ranking de investidores estrangeiros no Brasil. Até outubro, enviaram ao país US$ 4,8 bilhões em investimentos diretos, contra US$ 4,5 bilhões remetidos pelos norte-americanos.
Os R$ 7 bilhões investidos pelo Santander no leilão do Banespa transformaram o banco no segundo maior investidor individual espanhol no Brasil.
Entre os quatro maiores investidores espanhóis no Brasil estão ainda a Endesa Iberdrola (terceira maior companhia de energia elétrica do mundo, com atuação no Nordeste e no Rio de Janeiro) e o banco BBVA.



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