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Fracassa o protesto
contra a privatização
RAPHAEL GOMIDE E
SÉRGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O fracasso do protesto contra o
leilão de privatização do Banespa
ficou evidenciado na desproporção entre a quantidade de policiais militares e de manifestantes.
Havia cerca de oito policiais para
cada participante do ato.
Com medo de um protesto violento, a Secretaria de Segurança
do Estado do Rio escalou 1.300
policiais militares para garantir a
realização do leilão.
Cerca de 150 manifestantes
-funcionários do banco e aposentados, principalmente- organizaram um protesto pacífico, em
frente à Assembléia Legislativa do
Rio, no centro.
"Não houve incidentes. Perto
dos protestos contra as privatizações da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), da Vale do Rio
Doce e da Telebrás, essa foi uma
manifestação de religiosos", comparou o coronel da PM Hélio Luiz
Neves, que comandou a ação.
Para as lideranças da manifestação, a baixa adesão deveu-se,
principalmente, ao fato de o leilão
ter sido realizado em um feriado
municipal -comemorou-se ontem, na cidade, o dia em homenagem a Zumbi dos Palmares. "Eles
marcaram para hoje de propósito, com o objetivo de desmobilizar a classe", disse o presidente do
Sindicato dos Bancários do Rio,
José Ferreira.
Às 8h30, passados 30 minutos
do horário marcado para o início
da concentração, havia apenas 20
pessoas diante da principal agência carioca do Banespa, localizada
na Candelária (centro). Uma hora
depois, quando partiram em direção à Assembléia Legislativa, o
número de manifestantes aumentara para cerca de 50.
Acompanhado por policiais
equipados com cassetetes e escudos, o grupo caminhou até a Assembléia Legislativa, onde se uniu
a cerca de cem outros manifestantes.
Líderes do movimento pregavam uma manifestação sem violência. "Se houver violência, que
seja do lado deles, não do nosso.
Não vamos aceitar provocações",
pediu Antônio Carlos Vilela, diretor do sindicato e funcionário
aposentado do Banespa.
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