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Ministro tem o apoio dos empresários
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Quem assistiu à posse do ministro do Desenvolvimento, Alcides
Tápias, costuma dizer que boa
parte do PIB brasileiro (total de riquezas produzidas no país) esteve
presente.
Essa é a força política do ministro, que na semana passada voltou a se desentender com o Ministério da Fazenda. Um ano depois
de assumir o complicado Ministério do Desenvolvimento (três ministros em um ano e dez meses de
existência), Tápias continua com
o firme apoio dos industriais, sobretudo dos paulistas.
Segundo a assessoria de imprensa da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo), o presidente da organização,
Horacio Lafer Piva, claramente
apóia Tápias em sua disputa com
o secretário da Receita Federal,
Everardo Maciel.
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado Carlos Eduardo Moreira
Ferreira (PFL-SP), diz que o ministro é um bom interlocutor da
indústria no governo.
A chegada de Roberto Giannetti
da Fonseca para presidir a Camex
(Câmara de Comércio Exterior), a
convite de Tápias, só reforçou a
relação do Desenvolvimento com
o empresariado paulista e com os
exportadores. Na iniciativa privada, Giannetti sempre ocupou cargos voltados para o comércio exterior.
A relação do ministro com os
empresários também remonta a
seu tempo de iniciativa privada.
Tápias foi vice-presidente do Bradesco e principal executivo da
construtora Camargo Corrêa.
Quando assumiu o ministério,
Tápias tinha dois objetivos centrais: levar adiante a reforma tributária, pleito dos empresários, e
fazer as exportações chegarem a
US$ 100 bilhões por ano até 2002,
meta do presidente Fernando
Henrique Cardoso.
Suas duas principais metas não
deslancharam. Os empresários
afirmam que a Fazenda conseguiu adiar a reforma tributária
para não se sabe quando.
Os empresários reconhecem o
esforço do ministro no sentido de
tentar tomar medidas para aumentar as exportações, mas são
unânimes em dizer que desde sua
posse não houve decisões para
tornar factível a meta de US$ 100
bilhões por ano.
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