São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 2000

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Ministro tem o apoio dos empresários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quem assistiu à posse do ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, costuma dizer que boa parte do PIB brasileiro (total de riquezas produzidas no país) esteve presente.
Essa é a força política do ministro, que na semana passada voltou a se desentender com o Ministério da Fazenda. Um ano depois de assumir o complicado Ministério do Desenvolvimento (três ministros em um ano e dez meses de existência), Tápias continua com o firme apoio dos industriais, sobretudo dos paulistas.
Segundo a assessoria de imprensa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o presidente da organização, Horacio Lafer Piva, claramente apóia Tápias em sua disputa com o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel.
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado Carlos Eduardo Moreira Ferreira (PFL-SP), diz que o ministro é um bom interlocutor da indústria no governo.
A chegada de Roberto Giannetti da Fonseca para presidir a Camex (Câmara de Comércio Exterior), a convite de Tápias, só reforçou a relação do Desenvolvimento com o empresariado paulista e com os exportadores. Na iniciativa privada, Giannetti sempre ocupou cargos voltados para o comércio exterior.
A relação do ministro com os empresários também remonta a seu tempo de iniciativa privada. Tápias foi vice-presidente do Bradesco e principal executivo da construtora Camargo Corrêa.
Quando assumiu o ministério, Tápias tinha dois objetivos centrais: levar adiante a reforma tributária, pleito dos empresários, e fazer as exportações chegarem a US$ 100 bilhões por ano até 2002, meta do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Suas duas principais metas não deslancharam. Os empresários afirmam que a Fazenda conseguiu adiar a reforma tributária para não se sabe quando.
Os empresários reconhecem o esforço do ministro no sentido de tentar tomar medidas para aumentar as exportações, mas são unânimes em dizer que desde sua posse não houve decisões para tornar factível a meta de US$ 100 bilhões por ano.



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