|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRABALHO
Várias categorias não fecharam acordo; na Panasonic, houve prisões
Reajuste é incógnita para 110 mil
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 110 mil trabalhadores
não têm hoje a menor idéia de
quanto receberão de reajuste salarial neste ano. Esses empregados,
que pertencem a diferentes categorias profissionais, têm data-base em novembro, mas as negociações com os patrões ainda patinam e podem parar na Justiça.
O número é o dobro do total de
metalúrgicos de montadoras que,
na semana passada, conseguiram
vitória no Tribunal Regional do
Trabalho. A Justiça obrigou as
companhias a dar reajuste de 10%
a 55,5 mil empregados do setor.
Várias negociações entre empresas e a CUT ainda estão emperradas. Há 100 mil trabalhadores do chamado grupo oito (das
empresas de máquinas e eletrônicos) que não entraram em acordo
com os patrões. A central sindical
e as indústrias do grupo dez (G-10), que engloba os segmentos de
lâmpadas e lustres, entre outros,
também não não avançaram nas
conversas. Esses setores empregam 30 mil pessoas no Estado.
Em ambos os casos, a CUT quer
10%, mas as empresas oferecem
8% de reajuste salarial. Cerca de
20 mil dos 100 mil empregados ligados ao G-10 já fecharam acordos com base nos 10%.
Enquanto isso, os trabalhadores
continuam fazendo greves pontuais no Estado. Cerca de 600 funcionários da Panasonic cruzaram
os braços ontem, em São José dos
Campos (SP). Sindicalistas e Polícia Militar entraram em confronto em frente à unidade e três sindicalistas foram presos. Cerca de
60 PMs estavam no local. Houve
pancadaria e empurra-empurra.
A PM usou cassetetes e gás pimenta e teria tentado forçar os
empregados a voltar ao trabalho.
Ericsson, Solectron, Hitachi e Parker, no Vale do Paraíba, estão em
estado de greve.
Colaboraram as Regionais
Texto Anterior: Ministro tem o apoio dos empresários Próximo Texto: Mercado diz que juros continuam em 16,5% Índice
|