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TAXA SELIC
Copom deve ser cauteloso
Mercado diz que juros continuam em 16,5%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Comitê de Política Econômica (Copom) se reúne entre hoje e
amanhã para realizar sua reunião
mensal com tendência a manter
inalterada a taxa básica de juros
da economia (Selic), que está em
16,5% ao ano.
O viés, atualmente neutro
-sem definir tendência de queda
ou alta-, também deve ser mantido. Essa avaliação é unânime entre os analistas ouvidos pela Folha sobre o resultado da reunião
do Copom.
A crise político-econômica da
Argentina, ainda sem resolução
concreta, é o principal motivo
apontado para fazer com que o
Copom seja cauteloso.
"O Banco Central não teria
tranquilidade para baixar os juros
agora e, de repente, não se confirmar o pacote de ajuda à Argentina", afirma André Lóes, economista-chefe do Santander.
Segundo o economista, se o socorro à Argentina for confirmado
pelo Fundo Monetário Internacional em breve -e atingir as expectativas do mercado em relação
a tamanho e prazos-, o BC pode
realizar uma mudança na taxa Selic na reunião de dezembro.
Odair Abate, economista-chefe
do Lloyds TSB, diz que não é só a
economia argentina que preocupa.
"O ambiente internacional continua duvidoso. A questão dos
preços do petróleo, citado nas
duas últimas reuniões como fator
para a manutenção da Selic, se
mantém."
Abate afirma que o resultado da
privatização do Banespa foi um
fato positivo em relação ao câmbio e que a queda da inflação notada nas últimas semanas pode
reforçar a retomada de baixa da
taxa básica em breve.
Na opinião de Carlos Kawall,
economista-chefe do Citibank,
"houve uma evolução com as
preocupações em relação à Argentina, mas o Banco Central ainda deve atuar com cautela".
"Na nossa visão, a taxa básica
vai ser mantida neste ano", diz
Kawall.
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