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Mercado Aberto
@ - Guilherme Barros
Governo estuda desonerar setores populares
Depois das críticas feitas pelo
presidente Lula às propostas
apresentadas para o segundo
mandato na reunião da semana
passada, a equipe econômica
do governo decidiu aprimorar
estudos com o objetivo de formular medidas capazes de alavancar o desenvolvimento do
país. O recado de Lula foi claro.
Só o corte de despesas não seria
suficiente para garantir o crescimento de 5% ao ano, marca
que ele pretende imprimir no
segundo mandato.
Diante dessa determinação, a
equipe do governo passou a se
debruçar sobre o estudo de medidas que tenham impacto na
economia no curto prazo. Entre elas, a de cortar impostos
(IPI e PIS/Cofins) de setores
que tenham essa capacidade.
Os segmentos eleitos, pelo
menos até agora, foram aqueles
ligados a bens populares, como
o de alimentos, habitação, vestuário e calçados. A idéia é que,
ao estimular esses setores, seria aberto espaço para a sociedade aumentar o consumo em
outras áreas.
Segundo um membro da
equipe econômica, essa desoneração de impostos não poderia ser estendida a muitos setores, até porque o alcance seria
restrito. Não adiantaria, por
exemplo, na sua opinião, baixar
impostos de bens como iates ou
imóveis de luxo, que teriam um
impacto limitado sobre a economia. Os setores beneficiados
serão aqueles que tenham poder de alavancar o crescimento.
O governo não acha que essa
estratégia desenvolvimentista
guarda semelhanças com o modelo de política industrial adotado nos anos 70, quando alguns setores foram eleitos para
fincar as bases do crescimento
do país. Esses setores tiveram
direito a crédito barato e uma
série de benefícios fiscais.
A diferença básica em relação àquele período é que, agora,
a preocupação é com o curto
prazo, enquanto, há 30 anos, o
objetivo era fincar as bases para
o crescimento a longo prazo.
Não são só medidas de desoneração de impostos que estão
sendo estudadas pelo governo.
A proposta de contenção de
despesas não foi abandonada.
Não se prevê corte de gastos, e
sim uma espécie de congelamento, que, dependendo do
crescimento da economia, acaba resultando em uma redução
da despesa em relação ao PIB. E
é por isso que é tão importante
para o governo fazer com que o
país cresça 5% neste ano.
A equipe econômica também
estuda medidas para aumentar
o investimento público com a
redução das despesas com custeio. Uma das prioridades definidas por Lula na reunião de semana passada foi a área de saneamento, cujos investimentos
são travados por imposições legais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal. A idéia é buscar
brechas para destravar os investimentos no setor.
EM CAMPO
A tendência de investimentos em esporte será discutida no Encontro de Marketing Esportivo: Conceito
Estratégia e Patrocínio, do
Senac São Paulo, no dia 28.
Entre os palestrantes, estão
a ex-jogadora Magic Paula e
o presidente da Informídia
Pesquisas Esportivas, Antônio Lauletta.
NO PRATO
Com a expectativa de
crescimento nas vendas de
30% ao ano, a Nestlé lançou
as sopas Maggi Bem Estar
Profissional. No ano passado, as vendas de produtos
funcionais cresceram 36%.
Somada às vendas de produtos diet e light, a alimentação saudável gira mais de R$
8 bilhões ao ano.
PAPAI NOEL
Para vender os 23 apartamentos do edifício de luxo
Metropolitan, em frente ao
parque Ibirapuera (SP), a
Tishman Speyer está fazendo promoção "teaser" com
500 paulistanos, em que dá
convites para a cerimônia de
iluminação da árvore do
Rockefeller Center (NY), na
área VIP da empresa.
NO CAIXA
A Partner Conhecimento
reunirá, na quarta, em São
Paulo, representantes de
BC, Bradesco, HSBC, Caixa e
outros para discutir o desenvolvimento dos correspondentes bancários. O número
de correspondentes no país,
cerca de 90 mil pontos, superou em cinco vezes o volume de agências bancárias.
TURISMO SUSTENTÁVEL
Porto Alegre receberá na próxima semana, a partir do
dia 29, empresários e representantes de mais de 40 países. O objetivo é discutir, por meio do turismo, o desenvolvimento econômico e social, a valorização da diversidade cultural, a preservação da biodiversidade e a paz,
nos quatro dias do Fórum Mundial de Turismo para a Paz
e Desenvolvimento Sustentável, o Destinations 2006. "O
turismo vai bem no Brasil, crescendo bastante, mas ainda
está em 50% do seu potencial", diz Sergio Foguel, idealizador e presidente do fórum. "O turismo tem condições
de atender os jovens que ingressam no mercado de trabalho", afirma. Durante o evento, serão apresentados 120
exemplos de sucesso de turismo sustentável em diferentes países.
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