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Europa reforma política agrícola e corta subsídios
MAURÍCIO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os 27 ministros da Agricultura da União Européia aprovaram ontem, em Bruxelas, o
maior rearranjo da PAC (Política Agrícola Comum) do bloco
nos últimos cinco anos. O orçamento será redirecionado, com
redução de até 14% nos subsídios para produção agrícola em
determinados setores, no período de 2009 a 2013.
O acordo prevê também a
abolição de subsídios para o setor leiteiro até 2015, embora
até lá os laticínios recebam incentivos adicionais.
A revisão da PAC vai atingir
principalmente os grandes
agricultores europeus(com
mais de 300 mil anuais em
incentivos), que vão perder,
gradualmente, 14% dos subsídios para a produção. O acordo
foi costurado pela comissária
para agricultura Mariann Fischer Boel, cuja proposta inicial
previa cortes de até 22%.
O dinheiro oriundo dos cortes dos subsídios para produção vão agora financiar programas de desenvolvimento sustentável e proteção ambiental.
Os agricultores que receberem
a partir de 5.000 anuais terão
de redirecionar no mínimo 5%
de seus créditos para tais programas. Com isso, o bloco tenta
corrigir distorções do atual sistema, como as superprodução
de alguns alimentos e a contra-aplicação de medidas contensórias, como a delimitação de
área de produção.
O montante de 53 bilhões
(40% do orçamento da UE)
destinado à agricultura não
muda. A generosa Política
Agrícola Comum européia, que
beneficia 13 milhões de produtores ou menos de 3% da população do bloco, é um dos alvos
mais atacados por países como
o Brasil em negociações comerciais como a Rodada Doha.
"A retirada dos subsídios
agrícolas na Europa ainda está
longe de nos dar capacidade de
competição, mas é um começo", disparou o ministro brasileiro da agricultura, Reinhold
Stephanes, durante evento em
São Paulo.
Colaborou AGNALDO BRITO
Com agências internacionais
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