São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2004

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Segundo financeira, medida foi acertada

DA REPORTAGEM LOCAL

Na contramão das reações negativas ante à decisão do Copom de manter a Selic inalterada, um representante do setor financeiro e um do setor produtivo aprovaram ontem a medida do BC.
Segundo o presidente da Fenacrefi (Federação Nacional das Empresas de Crédito, Financiamento e Investimento), José Arthur Assunção, a manutenção da Selic foi "acertada".
"A decisão do BC apenas ratificou o que havia sido divulgado há um mês, na ata do Copom de dezembro, em que se afirmou que, daquele momento em diante, as quedas na Selic seguiriam um ritmo bem mais gradual do que o verificado no segundo semestre de 2003", afirmou ele.
De acordo com Assunção, a inflação ainda preocupa e motivou a decisão do Banco Central. "Leva algum tempo para que a redução dos juros surta efeitos práticos na economia. Isso quer dizer que neste início de ano é que começaremos a sentir um maior aquecimento da atividade econômica."
Para o presidente da entidade que representa as financeiras -praticantes de juros de 295,48% ao ano, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças)-, apenas a partir do segundo trimestre haverá novas quedas nos juros básicos, até "chegar aos 13% previstos para o final de dezembro".
Sérgio Haberfeld, presidente do conselho da Amcham (Câmara Americana de Comércio) e da Dixie Toga, fabricante de embalagens, destoa do discurso do setor produtivo e elogia o BC. "É uma decisão acertada. Estamos começando a ter uma pequena pressão inflacionária. Se baixasse a taxa de juros, o BC sinalizaria que não está tomando em consideração a pressão inflacionária."


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