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Segundo financeira,
medida foi acertada
DA REPORTAGEM LOCAL
Na contramão das reações negativas ante à decisão do Copom
de manter a Selic inalterada, um
representante do setor financeiro
e um do setor produtivo aprovaram ontem a medida do BC.
Segundo o presidente da Fenacrefi (Federação Nacional das
Empresas de Crédito, Financiamento e Investimento), José Arthur Assunção, a manutenção da
Selic foi "acertada".
"A decisão do BC apenas ratificou o que havia sido divulgado há
um mês, na ata do Copom de dezembro, em que se afirmou que,
daquele momento em diante, as
quedas na Selic seguiriam um ritmo bem mais gradual do que o
verificado no segundo semestre
de 2003", afirmou ele.
De acordo com Assunção, a inflação ainda preocupa e motivou
a decisão do Banco Central. "Leva
algum tempo para que a redução
dos juros surta efeitos práticos na
economia. Isso quer dizer que
neste início de ano é que começaremos a sentir um maior aquecimento da atividade econômica."
Para o presidente da entidade
que representa as financeiras
-praticantes de juros de
295,48% ao ano, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças)-, apenas a
partir do segundo trimestre haverá novas quedas nos juros básicos,
até "chegar aos 13% previstos para o final de dezembro".
Sérgio Haberfeld, presidente do
conselho da Amcham (Câmara
Americana de Comércio) e da Dixie Toga, fabricante de embalagens, destoa do discurso do setor
produtivo e elogia o BC. "É uma
decisão acertada. Estamos começando a ter uma pequena pressão
inflacionária. Se baixasse a taxa de
juros, o BC sinalizaria que não está tomando em consideração a
pressão inflacionária."
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