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APERTO FISCAL
Eletrobrás deve sair do cálculo do superavit para investir mais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois da Petrobras, o governo deve excluir também a
Eletrobrás do cálculo das
contas públicas. A medida
faz parte do plano para reforçar a capacidade da empresa
de fazer investimentos no último ano do governo Lula e
resolver o problema dos dividendos devidos aos acionistas, principalmente a União.
Hoje, a contribuição da estatal é inferior a 5% da meta
de superavit primário do setor público, algo entre 0,10%
e 0,15% do PIB. Por isso,
mesmo que ela seja excluída,
o governo pode optar por
manter a meta de superavit
nos atuais 3,3% do PIB -tema ainda em discussão.
A avaliação oficial é que essa mudança não afetará as
contas públicas. Para economizar esse dinheiro, a estatal
precisa reduzir seus investimentos ou o repasse de dividendos para a União. Se pagasse os dividendos, em vez
de fazer superavit primário,
o impacto sobre as contas
públicas seria o mesmo.
Além disso, os investimentos
em infraestrutura da empresa podem ser abatidos da
meta de superavit, como será
feito neste ano.
Os ministérios da Fazenda, do Planejamento e de Minas e Energia ainda discutem
as questões finais do plano.
Além de tirar a empresa das
contas públicas, haverá um
cronograma para pagamento
de dividendos aos acionistas.
No final de 2009, para conseguir cumprir a meta de superavit, o governo vendeu ao
BNDES o direito de receber
parte desses dividendos, o
que garantiu R$ 3,5 bilhões a
mais no caixa do Tesouro.
O discurso do governo é
que esse plano tornará a empresa mais "transparente".
Outro objetivo é garantir que
a estatal possa tocar as obras
do PAC, que será uma das vitrines da campanha da ministra da Casa Civil, Dilma
Rousseff. A empresa começou o ano com um plano de
investimento recorde de R$
30,2 bilhões até 2012.
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