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Petrobrás diz que lucrará com redução de álcool na gasolina
DA SUCURSAL DO RIO
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a redução de participação do álcool na composição
da gasolina será benéfica à
companhia, que venderá mais
no mercado interno e reduzirá
despesas operacionais relacionadas à exportação.
"Se isso ocorrer vamos vender mais gasolina no mercado
interno em substituição ao álcool que seria misturado, e isso
deve ser um fator positivo para
a companhia. Melhor para nós
é vender aqui mesmo, porque a
gente não tem despesa de
transporte, no mínimo", afirmou Barbassa durante apresentação dos resultados do ano
passado da companhia para investidores e analistas.
Apesar do bom resultado
-lucro líquido recorde de R$
23,7 milhões apurado em
2005- houve certa apreensão
dos participantes da conferência quanto ao aumento das despesas operacionais no último
trimestre do ano passado. Uma
das maiores altas foi verificada
justamente devido ao crescimento das exportações no
quarto trimestre, que elevou os
gastos com fretes. As despesas
com vendas, então, subiram
37% entre os dois últimos trimestre do ano.
Para o analista da Banif Primus Corretora Luiz Caetano, o
impacto financeiro da mudança na mistura da gasolina
-com aumento do volume do
combustível vendido no mercado doméstico e conseqüente
redução das exportações- será pequeno para a Petrobras. O
valor estimado é de aproximadamente R$ 100 milhões -resultado da diferença entre os
preços praticados nos mercados externo e doméstico.
"Primeiro, a gasolina brasileira tem qualidade inferior à
americana, é vendida com desconto para os EUA e outros
países. E, por questão de câmbio, a Petrobras está vendendo
gasolina mais cara aqui no Brasil do que no exterior", diz.
Além da alta das despesas da
Petrobras com fretes relacionados à exportação, as despesas
administrativas, de custos exploratórios e outras também
registraram elevações, muitas
delas explicadas por Barbassa
como pontuais.
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