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Estrangeiro investe US$ 1,5 bi no Brasil
no mês de janeiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil recebeu US$ 1,503
bilhão em investimentos estrangeiros diretos no mês passado, segundo dados do Banco
Central. O número mostra
uma certa recuperação no fluxo de capital externo para o
país, já que, ao longo de 2005,
somente em duas oportunidades o ingresso de recursos superou US$ 1,5 bilhão em um
único mês.
Mas, neste mês, já se observa
uma ligeira desaceleração. Segundo números parciais fechados na sexta-feira passada, o
fluxo de investimentos diretos
estava em US$ 770 milhões e,
nas contas do BC, deve chegar a
US$ 1 bilhão até o final do mês.
A expectativa do BC é que o
ingresso de capital externo chegue a US$ 16 bilhões neste ano,
valor próximo do alcançado
em 2005. No setor privado, há
analistas que consideram esses
números baixos. O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), por
exemplo, diz que o Brasil tem
potencial para atrair US$ 25 bilhões por ano.
Em geral, fatores como os juros altos e a falta de normas claras para regular o funcionamento de alguns setores da
economia -especialmente na
área de infra-estrutura- são
apontados com culpados pela
falta de investimentos estrangeiros.
Ontem, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, aproveitou a divulgação dos números mais recentes das contas externas do
país para rebater essas críticas.
Segundo Lopes, o Brasil só
atraía mais investimentos no
passado por causa das privatizações. Entre 1999 e 2000, por
exemplo, o país recebeu mais
de US$ 15 bilhões pela venda de
empresas estatais.
Além dos investimentos diretos, o fluxo de dólares para o
Brasil também foi favorecido
pelo aumento na procura por
empréstimos no mercado internacional. No mês passado, o
setor privado captou US$ 1,208
bilhão no exterior, o equivalente a 592% dos vencimentos do
período. Ou seja, não só os
compromissos que venceram
foram refinanciados, como as
empresas ainda contraíram dívidas adicionais.
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