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Governo usa orçamento de órgãos para reforçar seu caixa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Desde que assumiu o governo, em 2003, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva reduziu
significativamente o orçamento destinado às agências reguladoras, responsáveis por controlar setores estratégicos. Nos últimos sete anos, 72% do valor
destinado serviu para reforçar
o caixa do governo.
Levantamento feito pela
ONG Contas Abertas a pedido
da Folha no Siafi (sistema que
permite o acompanhamento
dos gastos públicos) mostra
que o bloqueio preliminar de
gastos, chamado de "reserva de
contingência", cresceu a cada
ano, chegando ao pico de
R$ 7,58 bilhões em 2009.
"O governo tem inflado o orçamento das agências com a
única finalidade de auxiliar o
superavit primário", afirmou
Gil Castelo Branco, secretário-geral da ONG.
A redução nos recursos é
mais uma forma, segundo ele,
de esvaziar o poder das agências -além da demora na indicação de diretores, o que travava deliberações.
Neste ano, o bloqueio preliminar no orçamento das agências representou 38% do total
destinado a elas.
O dinheiro contingenciado
das agências é proveniente das
taxas cobradas dos concessionários e operadores. A maior
parte de verbas retidas refere-se a pagamentos de compensações financeiras para a exploração de petróleo e gás. Por lei,
elas deveriam reforçar o caixa
da ANP (Agência Nacional do
Petróleo).
(ANDREZA MATAIS)
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