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Taxa alta traz recessão e demissões
DA REDAÇÃO
O Copom baseou a decisão de
manter a taxa básica de juros da
economia (Selic) em 26,5% no
combate à inflação. Quanto mais
altos os juros, maior o custo do dinheiro. Portanto fica mais caro fazer um empréstimo ou entrar no
crediário, por exemplo. As pessoas pensam duas vezes antes de
fazer uma compra, e as empresas
perdem espaço para aumentar os
preços. Com isso, diminui a pressão sobre a inflação.
Mas a manutenção dos juros em
níveis elevados também traz efeitos negativos para a economia. As
empresas sofrem porque fica caro
captar recursos para investir (ampliar a produção, renovar o maquinário, contratar) e porque o
faturamento cai, já que, com o
crédito mais caro, o consumidor
reduz as compras.
Daí vem a consequência para o
trabalhador: num cenário de desaquecimento econômico, como
não podem elevar os preços, as
empresas demitem para reduzir
custos. Com o aumento do desemprego, diminui o número de
pessoas que podem comprar, já
que não recebem mais salários e
têm de arcar com os custos de
uma dívida maior no cheque especial, por exemplo. O resultado é
a recessão econômica.
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