DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de favoráveis à queda da taxa de juros, os empresários Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do grupo Gerdau e da Ação Empresarial, e Roger Agnelli, presidente da Vale do Rio Doce, disseram respeitar a decisão de manter o índice em 26,5% ao ano.
"Eu preferia que os juros tivessem caído. Essa é a visão do empresário. Mas, se tivesse responsabilidade de fazer política antiinflacionária, provavelmente teria tomado decisão semelhante", disse Gerdau após a reunião.
Já Agnelli disse que é preciso respeitar a opção do BC pela "cautela extrema". "O BC fez uma escolha, temos de apoiar. É claro que queremos que os juros caiam, mas, neste momento, será que é possível?", questionou o presidente da Vale.
Os dois estavam entre os dez empresários que participaram da reunião com Lula para tratar de parceria entre governo e setor privado.
Ao chegar ao Planalto, Gerdau havia criticado os juros atuais, dizendo que está em um patamar recessivo. Depois da reunião, disse entender que o Copom não possa tomar decisões por pressões políticas imediatas. Para ele, "qualquer passo neste momento que fosse dado erroneamente poderia romper o nível de confiança obtido pelo governo".


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