DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), afirmou que "os responsáveis pela manutenção dos juros nessa taxa [26,5% ao ano] são pessoas que tagarelaram demais". Questionado se falava do vice-presidente, José Alencar, e do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), Cunha respondeu apenas: "Todos".
Além de Alencar, Mercadante também vinha defendendo um corte dos juros já, até como forma de não deixar o câmbio se apreciar demais.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que esperava um pequeno sinal, "uma baixa da ordem de 0,5%, para sinalizar um caminho de maior estímulo ao aumento da produção, ao crescimento da oferta de bens e serviço e das oportunidades de emprego".
Alinhado com a ala "radical" do partido, o deputado Lindberg Farias (PT-RJ) classificou a decisão como "lamentável". "Havia espaço para reduzir, mas, por uma questão política, o Copom preferiu manter os juros no mesmo patamar", disse.
Para o líder do PT, Nelson Pellegrino (BA), a decisão "frustrou a expectativa de toda a nação de que os juros iriam baixar".