São Paulo, sexta-feira, 22 de maio de 2009

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China exige da empresa 40% de desconto

DA REDAÇÃO

A secretária-geral da Associação Chinesa de Aço e Ferro negou que já exista um acordo com a Vale para a redução de preço do minério de ferro e disse que vai exigir da companhia brasileira um desconto de 40% no preço da matéria-prima utilizada na fabricação de aço.
Shan Shanghua afirmou que não há um acordo com a Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro, para que o preço seja reduzido entre 30% e 35% neste ano. Segundo ela, os resultados das negociações permanecem imprevisíveis.
O corte de 30% a 35% estaria sendo negociado pelas siderúrgicas japonesas, mas os executivos chineses (a China é o maior comprador global de minério de ferro, superando o Japão) afirmam que a queda precisa ser maior para garantir que as suas empresas obtenham lucro.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou nesta semana que as negociações para determinar o preço da commodity estavam próximas de serem concluídas. O executivo disse que a empresa estava esperando as rivais australianas BHP Billiton e Rio Tinto fecharem acordo com as siderúrgicas asiáticas antes de decidir o seu preço.
No ano passado, a Vale foi a primeira a fechar um acordo, obtendo um aumento de até 71%. As australianas romperam a tradição do setor (em que o preço estabelecido pela primeira mineradora a fechar negócio é seguido pelas demais) e estenderam as negociações, conseguindo alta de até 96% -agora os chineses querem delas um corte de 45%.
O cenário, no entanto, mudou neste ano. A previsão é que a economia mundial terá a maior queda desde a Segunda Guerra, com menor demanda por automóveis e materiais de construção, entre outros itens que dependem do minério de ferro.
Até o momento, apesar dos poucos detalhes das negociações, os clientes asiáticos deixaram claro que querem cortes expressivos nos preços, depois de vários anos seguidos de aumento.


Com agências internacionais


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