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China exige da empresa 40% de desconto
DA REDAÇÃO
A secretária-geral da Associação Chinesa de Aço e Ferro negou que já exista um
acordo com a Vale para a redução de preço do minério
de ferro e disse que vai exigir
da companhia brasileira um
desconto de 40% no preço da
matéria-prima utilizada na
fabricação de aço.
Shan Shanghua afirmou
que não há um acordo com a
Vale, a maior produtora
mundial de minério de ferro,
para que o preço seja reduzido entre 30% e 35% neste
ano. Segundo ela, os resultados das negociações permanecem imprevisíveis.
O corte de 30% a 35% estaria sendo negociado pelas siderúrgicas japonesas, mas os
executivos chineses (a China
é o maior comprador global
de minério de ferro, superando o Japão) afirmam que
a queda precisa ser maior para garantir que as suas empresas obtenham lucro.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou nesta semana que as negociações para determinar o preço da
commodity estavam próximas de serem concluídas. O
executivo disse que a empresa estava esperando as rivais
australianas BHP Billiton e
Rio Tinto fecharem acordo
com as siderúrgicas asiáticas
antes de decidir o seu preço.
No ano passado, a Vale foi
a primeira a fechar um acordo, obtendo um aumento de
até 71%. As australianas
romperam a tradição do setor (em que o preço estabelecido pela primeira mineradora a fechar negócio é seguido pelas demais) e estenderam as negociações, conseguindo alta de até 96%
-agora os chineses querem
delas um corte de 45%.
O cenário, no entanto, mudou neste ano. A previsão é
que a economia mundial terá
a maior queda desde a Segunda Guerra, com menor
demanda por automóveis e
materiais de construção, entre outros itens que dependem do minério de ferro.
Até o momento, apesar dos
poucos detalhes das negociações, os clientes asiáticos
deixaram claro que querem
cortes expressivos nos preços, depois de vários anos seguidos de aumento.
Com agências internacionais
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