São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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INFRA-ESTRUTURA

Total é de R$ 780 mi

Fundos de pensão vão investir em projetos

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Como parte da estratégia de diversificar seus investimentos, concentrados em títulos públicos, os principais fundos de pensão do país investirão R$ 600 milhões num fundo de participação em empresas de energia e R$ 180 milhões numa empresa destinada a aplicar recursos na exploração de petróleo na bacia de Campos.
Do total investido pelos fundos de pensão, 63,5% são em títulos do governo (dados de março de 2004), como mostrou ontem reportagem da Folha.
Com o novo fundo, as fundações entrarão como sócias de projetos de energia alternativa -PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), energia eólica e biomassa. A idéia do fundo de energia foi do BNDES, que também será um dos cotistas.
Do total a ser investido, 80% estão assegurados (R$ 460 milhões), segundo o presidente da Petros, Wagner Pinheiro. Dependendo das negociações em curso com outros fundos de pensão e instituições financeiras, diz, o fundo poderá captar até R$ 1,2 bilhão.
Participaram da iniciativa Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal), Valia (Vale do Rio Doce), Eletros (Eletrobrás), Real Grandeza (Furnas) e Fapes (BNDES). Para aplicar em exploração de petróleo, as fundações aprovaram a criação de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico), que investirá na compra de equipamentos para, depois, arrendá-los à Petrobras.
Em entrevista de apresentação do 2º Seminário Internacional de Fundos de Pensão, que acontecerá nos dias 6 e 7 de julho no Rio, os gestores das principais fundações do país afirmaram que a diversificação de suas carteiras de investimento é o maior desafio do setor.
O objetivo, dizem, é reduzir o percentual de títulos públicos e aumentar as aplicações no chamado investimento produtivo -aquisição de participações em novos empreendimentos. Segundo o presidente da Previ, Sérgio Rosa, os títulos públicos não terão no futuro a rentabilidade necessária para que os fundos arquem com o pagamento de benefícios.


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