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Malan descarta plano de criar mais tributos
de Nova York
O ministro da Fazenda, Pedro
Malan, afirmou ontem em Nova
York que o governo não vai aumentar ou criar impostos para alcançar a meta de superávit fiscal
acertada com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Pelo acordo com o FMI, o Brasil
deve terminar o ano com um superávit primário (que não conta o pagamento de juros) de 3,1% do PIB
(soma de tudo o que é produzido
no país).
"Não há qualquer discussão sobre criação de novos impostos no
Brasil", disse o ministro em entrevista coletiva depois de participar
de um seminário organizado pelo
Conselho das Américas, uma associação privada americana dedicada a promover o livre comércio entre os países ocidentais.
O seminário fez parte da Segunda Conferência em Relações Triangulares Emergentes, entre EUA,
Espanha e América Latina.
Para alcançar a meta fiscal, Malan disse que o governo, além de
estudar corte de gastos, conta com
a ajuda do Congresso na aprovação da reforma tributária e da Lei
de Responsabilidade Fiscal.
"O Congresso está consciente do
quanto é preciso fazer no campo
fiscal. Há uma lei fundamental de
responsabilidade fiscal sendo discutida. As coisas estão se movendo, o Congresso não está paralisado."
Malan não quis adiantar sua posição na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) marcada para amanhã -que pode decidir por novo corte na taxa de juros. Repetiu apenas o que já havia
falado no final de abril em Washington, durante encontro do
FMI: "Se nós continuarmos fazendo um bom trabalho na área fiscal,
acredito que está ao nosso alcance
ter uma taxa de juros real de 10%
ou menos até o fim do ano".
Mais tarde, em entrevista à televisão Reuters, Malan negou rumores de que esteja pensando em pedir demissão. Esses rumores circulam no mercado desde o início do
ano. (RENATO FRANZINI)
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