São Paulo, Terça-feira, 22 de Junho de 1999
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CONJUNTURA
País enfrenta a pior crise desde 83
Chile reduz os juros e espera novo pacote

Associated Press - 22.mar.99
Eduardo Frei, presidente do Chile, que reduziu ontem os juros; país aguardava ontem anúncio de pacote


das agências internacionais

O Banco Central do Chile cortou ontem a taxa de juros básica da economia de 5,75% para 5%.
Foi o décimo corte de juros realizado pelo governo desde setembro do ano passado.
O mercado também esperava ontem o anúncio de uma série de medidas econômicas para tirar o país da recessão.
Dentre as medidas, o mercado especula a mudança do ministério do presidente chileno, Eduardo Frei.
O corte dos juros foi anunciado após o fechamento do mercado, mas já vinha sendo cogitada desde a semana passada, quando o governo divulgou o Índice de Atividade Econômica (Imacec) de abril.
O índice, que compõe 90% do cálculo do PIB (Produto Interno Bruto), registrou retração de 6% no período, a maior queda mensal desde que o Imacec começou a ser apurado, em 1986.
Com esse resultado, espera-se uma queda de pelo menos 5% no PIB do país em abril.
A Bolsa de Valores de Santiago fechou com alta de 1,05%, refletindo o otimismo dos investidores com o corte.
Apesar dos cortes sistemáticos dos juros, o país vem enfrentando seu pior período de recessão desde 1983.
O Chile foi atingido em cheio pela crise da Ásia, a quem destina 33% de suas exportações. No primeiro trimestre, a economia chilena encolheu 2,3%.
O desemprego atinge 8,7% da População Economicamente Ativa do Chile (505 mil chilenos).
Apesar dos indicadores negativos, o FMI (Fundo Monetário Internacional) mantém a previsão de crescimento do país em 2% para este ano.


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