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PRODUÇÃO
Projeto prevê incentivos
Defesa aprova política para indústria bélica
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Depois de dois anos de discussões e adiamentos, foi aprovada
anteontem pelo Ministério da Defesa a nova Política Nacional da
Indústria de Defesa (Pnid). O projeto prevê uma série de medidas
para reerguer a indústria bélica
brasileira e, quem sabe, levar o
país a ser novamente um dos
maiores exportadores de armas e
equipamentos bélicos.
A Portaria Normativa que aprova a política foi assinada anteontem pelo vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar. O documento é um esboço da futura
lei que regulamentará a Pnid, e
que deverá ser detalhada nos próximos meses.
Entre os pontos fundamentais
da política, o projeto prevê incentivos à industria bélica tanto para
produção quanto para pesquisa e
desenvolvimento de novas tecnologias, visando reduzir "progressivamente" a dependência externa das Forças Armadas.
O projeto estabelece ainda a redução da carga tributária para o
setor e o aumento dos gastos das
Forças Armadas, privilegiando a
compra de materiais e equipamentos nacionais, além de medidas a expansão das exportações.
"O país ganhará em todos os
sentidos com a política. Um
exemplo é na área de geração de
empregos", disse, em nota, o diretor do Departamento de Logística
do Ministério da Defesa, major-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos Paranhos Montenegro.
"O setor de defesa está eufórico.
Estávamos há anos batalhando
por um instrumento legal que
protegesse a indústria bélica", disse o diretor-presidente da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa),
Roberto Guimarães de Carvalho.
Estatal do setor de defesa, a Imbel (Indústria de Material Bélico
do Brasil) voltou a atrasar o salários dos funcionários pela segunda vez neste ano. O sindicato informou que a direção da estatal se
comprometeu a regularizar a situação ainda hoje.
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