São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 2005

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PRODUÇÃO

Projeto prevê incentivos

Defesa aprova política para indústria bélica

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Depois de dois anos de discussões e adiamentos, foi aprovada anteontem pelo Ministério da Defesa a nova Política Nacional da Indústria de Defesa (Pnid). O projeto prevê uma série de medidas para reerguer a indústria bélica brasileira e, quem sabe, levar o país a ser novamente um dos maiores exportadores de armas e equipamentos bélicos.
A Portaria Normativa que aprova a política foi assinada anteontem pelo vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar. O documento é um esboço da futura lei que regulamentará a Pnid, e que deverá ser detalhada nos próximos meses.
Entre os pontos fundamentais da política, o projeto prevê incentivos à industria bélica tanto para produção quanto para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, visando reduzir "progressivamente" a dependência externa das Forças Armadas.
O projeto estabelece ainda a redução da carga tributária para o setor e o aumento dos gastos das Forças Armadas, privilegiando a compra de materiais e equipamentos nacionais, além de medidas a expansão das exportações.
"O país ganhará em todos os sentidos com a política. Um exemplo é na área de geração de empregos", disse, em nota, o diretor do Departamento de Logística do Ministério da Defesa, major-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos Paranhos Montenegro.
"O setor de defesa está eufórico. Estávamos há anos batalhando por um instrumento legal que protegesse a indústria bélica", disse o diretor-presidente da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa), Roberto Guimarães de Carvalho.
Estatal do setor de defesa, a Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil) voltou a atrasar o salários dos funcionários pela segunda vez neste ano. O sindicato informou que a direção da estatal se comprometeu a regularizar a situação ainda hoje.


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