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Setor no país
deverá passar
por redesenho
DA REPORTAGEM LOCAL
Seja qual for o desfecho do
caso Brasil Telecom, o país
viverá uma onda de consolidação no setor de telecomunicações que certamente dará muito trabalho à Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) e ao Cade
(Conselho Administrativo
de Defesa Econômica).
O redesenho do mercado
brasileiro é muito importante para saber qual será o peso
mundial de, pelo menos,
quatro grandes grupos estrangeiros: o espanhol Telefónica, o mexicano América
Móvil, a Telecom Italia e a
Portugal Telecom.
A Telefónica cuida da telefonia fixa da região mais rica
do país, o Estado de São Paulo. É dona de 50% da Vivo, líder nacional em telefonia celular, e do portal Terra. Adquiriu a TVA do Grupo Abril,
além de possuir outras licenças de TV a cabo. Fora do
Brasil, é a principal acionista
da Portugal Telecom e depende do sinal verde de órgãos reguladores para concretizar a compra de 10% da
Telecom Italia.
Os mexicanos são os detentores da Embratel (longa
distância), da Claro (terceira
maior tele móvel) e da Net
(em parceria com a Globo).
Também são acionistas da
Portugal Telecom.
A Telecom Italia tinha 19%
da BrT, mas agora só mantém a TIM Brasil -o que não
é pouco, tendo em vista que a
operadora é a segunda no
mercado celular do país.
Por fim, há a Portugal Telecom, dona no Brasil de
50% da Vivo e parceira do
grupo Folha. O mercado especula que há interesse dos
portugueses em vender sua
fatia na Vivo e, com o dinheiro, comprar a parte dos sócios privados da Oi.
Uma suposta união, no futuro, da Oi e da BrT resultaria em uma grande companhia lusófona - pelo menos
nos primeiros degraus societários. Em relação à tal possibilidade, Daniel Dantas afirmou que "é possível, se forem equacionadas as questões regulatórias". Mas
acrescentou: "Não tenho informações a respeito".
(JL)
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