São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

SINAL DE ALERTA
O mercado de milho merece muita atenção daqui para a frente. A recomendação é de Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres. As exportações caíram em junho, e o produto brasileiro, apesar dos bons preços externos, perde competitividade devido à atual taxa de câmbio.

LUZ AMARELA
O Brasil deve produzir 4 milhões de toneladas a mais de milho neste ano e as exportações estão 7,7% inferiores às de 2007. Além disso, a safra dos Estados Unidos apresenta melhora e os preços em Chicago voltaram a cair ontem.

EXPORTAÇÕES
O Brasil poderá, ainda, chegar aos 12 milhões de toneladas exportadas neste ano, segundo a Céleres. As vendas devem ocorrer, no entanto, quando houver um redução interna dos preços, igualando-os à paridade externa.


INCENTIVO
Os melhores preços dos grãos devem propiciar aumento de produção até mesmo nas regiões mais pobres do mundo, como na África subsaariana, afirmou ontem, em São Paulo, Pedro Sanchéz, da Universidade Columbia. Especialista em projetos de desenvolvimento de produção de alimentos, Sanchéz está no país a convite da Anda (fertilizantes).

TRIPLICAR
Segundo a Reuters, Sanchéz afirmou que essa região africana pode triplicar a produtividade agrícola em um período de cinco anos, se houver incentivos de programas de ajuda financeira aos produtores locais. A produtividade de milho na região, por exemplo, é de apenas uma tonelada por hectare, contra quatro toneladas no Brasil.

DESACELERANDO
As exportações brasileiras de carnes -bovina, frango e suína- perderam o ritmo forte da primeira semana. Mesmo assim, as receitas médias diárias de US$ 63 milhões deste mês superam em 53% as de igual período de 2007, segundo dados da Secex.

PERDENDO TERRENO
A elevação dos preços da carne bovina e de outros produtos de origem bovina está salvando a Argentina, já que as exportações estão com forte queda em volume. Até junho, as vendas externas somaram 417 mil toneladas, com recuo de 21% sobre igual período anterior.

COTA HILTON
A queda na participação externa ocorreu até nos cobiçados cortes Hilton, cota especial de carne com remuneração bem superior à das demais. Neste semestre, os argentinos exportaram 12,3 mil toneladas desse tipo de carne, abaixo das 14 mil de igual período de 2007.


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