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Grandes companhias farmacêuticas faturam bilhões com gripe suína
Ralf Hirschberger - 15.jun.09/Efe
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Funcionário da GlaxoSmithKline segura amostra do vírus da gripe A (H1N1); empresa deve lucrar com venda de vacinas
DO "FINANCIAL TIMES"
Algumas das maiores companhias farmacêuticas do
mundo estão auferindo bilhões de dólares em receita
adicional, em meio à preocupação global sobre a expansão
cada vez maior da gripe suína.
Analistas estimam alta significativa nas vendas da GlaxoSmithKline, da Roche e da
Sanofi-Aventis, quando elas
divulgarem nos próximos dias
resultados do primeiro semestre engordados por encomendas governamentais de
vacinas contra a gripe e medicamentos antivirais.
As novas vendas -ao mesmo tempo em que a suíça Novartis e a americana Baxter,
que também produzem vacinas, já divulgaram resultados
expressivos- surgem no momento em que o mais recente
cômputo aponta para um total de mais de 700 vítimas fatais do vírus da gripe A (H1N1)
e para milhões de pessoas infectadas em todo o mundo.
A britânica GlaxoSmithKline (GSK) confirmou que até o
momento já vendeu 150 milhões de doses de uma vacina
pandêmica contra a gripe (o
equivalente ao total anual de
vendas de vacinas sazonais
contra a doença), a países como o Reino Unido, os EUA, a
França e a Bélgica, e anunciou
que estava se preparando para
expandir a produção.
A GSK também produz o
Relenza, um medicamento
antivírus que reduz a duração
e atenua a severidade da infecção, e está se preparando
para ampliar a produção, rumo a uma meta de 60 milhões
de doses anuais. O governo do
Reino Unido encomendou 10
milhões de doses do medicamento neste ano.
Um dos principais beneficiários do temor crescente de
uma pandemia foi a suíça Roche, que vende o Tamiflu, o
principal medicamento antiviral usado no combate à gripe, e registra alta considerável
nos pedidos de governos e
empresas privadas.
Uma pesquisa do banco de
investimento americano
JPMorgan Chase estimou, na
semana passada, que governos de todo o mundo já teriam
encomendado quase 600 milhões de doses de vacinas contra a pandemia e adjuvantes
(produtos químicos que aumentam sua eficácia). Isso representa US$ 4,3 bilhões em
vendas, e existe o potencial de
vender mais 342 milhões de
doses de vacina, ou US$ 2,6 bilhões, no futuro próximo.
O JPMorgan Chase previu
que novos pedidos de antivirais podem elevar as vendas
da Roche e da GlaxoSmithKline em mais US$ 1,8 bilhão nos
países desenvolvidos e, em
potencialmente, mais US$ 1,2
bilhão nas nações em desenvolvimento.
Mas também existem incertezas para os fabricantes de
produtos farmacêuticos. Com
a probabilidade de demanda
superior à oferta e os lotes iniciais de produção sugerindo
que o rendimento da vacina
contra a pandemia é relativamente baixo, as companhias
podem ter de enfrentar escolhas difíceis na alocação de
produtos aos diferentes países que estão apresentando
encomendas.
As companhias também estão sob pressão para fornecer
mais medicamentos e vacinas
gratuitamente, ou a preços extremamente baixos, para os
países em desenvolvimento.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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