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Emprego cresce, mas é insuficiente
DA REPORTAGEM LOCAL
A economia brasileira gerou
empregos nos últimos 12 meses,
mas não em número suficiente
para atender o crescimento do
número de pessoas que procuram
trabalho e da população economicamente ativa.
A taxa de desemprego aberto
apurada pelo IBGE, não considera as pessoas que, por desalento,
desistiram de procurar trabalho.
A pesquisa considera apenas o
que chama de população desocupada -o conjunto de pessoas
que não têm emprego e que fazem
algo para encontrar uma vaga.
Desde julho do ano passado, o
número de desocupados subiu,
segundo a pesquisa do IBGE,
28%, um acréscimo de 324 mil
trabalhadores ao grupo dos que
procuram por trabalho. Assim,
mesmo que tenham sido criadas
360 mil vagas, a taxa de desemprego -que é a relação entre o
número de desocupados e a população economicamente ativa,
aquela considerada apta para o
trabalho produtivo- subiu de
6,2% para 7,5% no período.
No período, a população economicamente ativa (PEA) nas seis
regiões metropolitanas em que a
pesquisa do IBGE é feita saltou de
18,5 milhões de pessoas em julho
de 2001 para 19,2 milhões no mês
passado.
O número de desocupados, que
subiu 28%, foi de 1,1 milhão em
julho de 2001 e saltou para 1,5 milhão em julho deste ano.
A taxa de desemprego, que é a
relação entre desocupados e a
PEA e era de 6,2% em julho de
2001, chegou a 7,5% da PEA no
mês passado.
Uma alta do desemprego, se
ocorre em parte porque as pessoas voltam ao mercado de trabalho, é encarada por economistas
como um sinal de reaquecimento
econômico. Afinal, se as pessoas
decidem tentar a sorte novamente
no mercado é porque acreditam
que as chances de conseguir um
emprego se tornaram maiores.
Mas é improvável que seja esse
o motivo que tenha impedido a
taxa de desemprego de cair. A
economia ainda está patinando e
os salários, em queda.
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